Publicada em 07/12/2022 às 09h31
O podcast de Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank, o Quem Pode, Pod, recebe diversos famosos que falam sobre muitos assuntos diferentes e a mais nova convidada a participar de uma entrevista por lá foi Camila Pitanga. No bate-papo, a atriz contou sobre a relação com seu pai, Antônio Pitanga, como um parente e colega de trabalho ao mesmo tempo.
- Meu pai me deu uma educação muito saudável nesse sentido de troca, de conversa. Meu pai é amigo até hoje. Ele tem 83 anos, mas tem alma jovem. Ele é bom de conversa, divertido, gaiato. Claro que também brigamos, mas não dura cinco minutos... às vezes, como filha, a gente está muito próxima e não enxerga a grandeza, o tamanho como artista. Fica uma coisa meio visada, até como filha, rabugenta.
Caso você não saiba, o Globoplay gravou um documentário sobre o pai de Camila e ela deu mais detalhes das descobertas que fez enquanto trabalhava firmemente nesta produção.
- A gente fez uma lista para ter as pessoas com quem conversar. Na hora, no set, eu descobria que a maioria era ex-namorada. No set, ele estava tocando o barco, com elegria e encantamento de toda a equipe. Nos últimos dois anos, meu pai fez três filmes, três séries. Meu pai não para! Ele joga futebol. É mais jovem que nós.
Ainda durante o bate-papo super descontraído, Camila Pitanga relembrou o momento que foi noticiado sobre o romance que ela manteve com Beatriz Coelho, ao todo elas ficaram dois anos juntas e apenas no último ano é que foi noticiado publicamente a união.
- A gente vive ainda num país que tem dificuldade de entender que as pessoas possam ser livres e amar do jeito que quiserem. Diria que sempre fui uma heterossexual convicta. Não via essa possibilidade, não estava no meu radar. Não como um problema, mas no desejo. Já tinha dado uns beijos, bi festinha, mas não era um desejo. Libido é algo em construção, não é algo que nasce com você, formatado, e acabou. Você pode se desenvolver para o lado que quiser. Acho que foi um lance de expansão. Primeiramente, de afeto, porque eu vivi um amor, e não uma sexualidade. Isso não era para ser uma missão, um panfleto. Claro que com a compreensão de que isso significava para muitas pessoas. Mas o dilema era que eu entendi uma responsabilidade sobre isso. Para sustentar isso, você tem que ter vivência. Acho que isso estava atropelando um pouco a gente.
E mesmo após essa relação longa homoafetiva, a artista crava não ter uma orientação sexual definida.
- Se me cobrarem agora um nome, uma caixinha, eu não me daria nome como bissexual. Estou em movimento, estou vivendo. Mas, politicamente, entendo a importância de dizer isso. Minha libido é aberta, adoro gozar e não vou abrir mão da minha liberdade porque as pessoas estranham.
Mas vale citar que atualmente Camila Pitanga está namorando um rapaz e ela aproveitou para se derreter por ele.
- Estou namorando seriamente, apaixonada. Um amor maduro. Está bonito. Ele é lindo, um gato. Ele é um homem muito íntegro. Ele come pitanga todo dia há um ano e meio, e nem vou falar a quantidade. Que gostoso! Eu fico até nervosa. A manhã é bem animada, de manhã é o certo. Tá todo mundo relaxado, às cinco ou seis horas.
A artista fez questão de levar um presentinho para as apresentadoras e revelou que eram vibradores.
- Minha primavera da sexualidade foi bem mais velha. Até um certo momento, não ligava para sexo. Estaria na oitava posição de prioridades. Sexo era algo que falava do amor, mas também tinha outras maneiras de falar do amor. Na real, eu sou bem monogâmica e de histórias longevas. Sou amiga de todos os ex. Eu não era a saidinha do rolê e só fui transar com 19 anos [de idade]... tive um longo período de frustração porque queria penetração e não rolava. Na verdade, já rolava sexo, já tinha peitinho, chupada, gostosura e gozo. Bem simples, verdade seja dita, já tinha prazer. Mas eu tinha essa fixação da virgindade, da penetração. Me machucava, achava difícil.