Publicada em 13/12/2022 às 14h24
RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
ARRUACEIROS
Na noite de ontem os arruaceiros que continuam promovendo badernas ao exigir intervenção militar para que não seja empossado o presidente eleito promoveram atos considerados terroristas no plano piloto da capital federal. Carros incendiados, pedras e outros objetos pesados jogados contra a polícia militar e até uma tentativa de invasão à delegacia da Polícia Federal da Asa Norte, endereço próximo ao Congresso Nacional. Os arruaceiros tocaram fogo nas ruas brasilienses, mas foram contidos com a reação forte da polícia.
LENIÊNCIA
Em Rondônia não tem sido diferente as cenas de vandalismo promovidas pelas pessoas que estão à frente dos movimentos antidemocráticos. Ateiam fogo em ônibus e impedem que ambulâncias passem nos bloqueios nas rodovias sem que as nossas autoridades ajam com firmeza para debelar um movimento ilegal, tosco e fadado a mais uma derrota. Todos (pessoas sensatas) sabem que não vai haver intervenção na ordem jurídica e tão pouco vão impedir a posse do presidente eleito democraticamente.
CONIVÊNCIA
O que estamos a presenciar em Rondônia é uma omissão governamental em reprimir tais atos com a clara complacência dos órgãos estaduais responsáveis em combater este tipo de ato criminoso. A conivência já permitiu que houvesse choque entre os criminosos protestos e pessoas que têm o direito de ir e vir tolhidos pela leniência estatal. Ao que parece estão aguardando que haja uma vida ceifada para que cumpram suas funções.
EXTREMISTAS
O fechamento de rodovias no país está contido, mas em nosso estado os extremistas insistem com ações terroristas. Lula assumirá no dia primeiro de janeiro e não será uma ação terrorista que vai impedir a posse. A permanência dessas pessoas nas margens das rodovias para impedir o trânsito natural de tráfego é criminoso. Estão acampados nesses locais com o único intuito de promover arruaças e atos terroristas. Já passou da hora do governo estadual agir firme e debelar esta horda de terroristas. Chega!
DIPLOMAÇÃO
No discurso no Tribunal Superior Eleitoral que diplomou o presidente e vice eleitos, Lula e Alkmim, o ministro Alexandre Moraes deixou claro que os organizadores dos atos antidemocráticos identificados nos inquéritos em andamento, serão um a um responsabilizados conforme a lei. Foi o que ocorreu nos Estados Unidos após a invasão do Capitólio, quando partidários de Donald Trump invadiram o congresso para protestarem contra o resultado das urnas. No Brasil, segundo o ministro, ninguém ficará impune para que daqui a quatro anos não ocorram as mesmas cenas de vandalismos.
CRIMES
Alguns dos caminhões utilizados pelos manifestantes para a obstrução das rodovias foram usados também para cometerem outros crimes a exemplo de tráfico de drogas e contrabandos. Foi o que descobriu o setor de inteligência da polícia. Há suspeitas que em Rondônia veículos usados na extração ilegal de madeira também tenham sido igualmente utilizados pelos extremistas. Há investigações nesse sentido sendo feitas.
PRESIDÊNCIA
Nos bastidores políticos estão bem avançadas as conversas para que o deputado estadual Marcelo Cruz seja conduzido à presidência do Poder Legislativo no primeiro biênio. É o nome momentaneamente que reúne mais força. A primeira-dama da capital, parlamentar com uma votação expressiva, deve optar em não disputar a vaga, embora haja em torno dela parlamentares que incentivem para que dispute.
ARTICULAÇÕES
Para o segundo biênio existem três deputados estaduais animados em disputar, mas apenas Alex Redano, atual presidente, está forte. Muita saliva e muita traição ainda vão ocorrer até fevereiro, mês que os parlamentares assumem para nova legislatura e escolhem no mesmo dia os dois presidentes. As articulações estão em vento e popa.
LENTO
Há muitas críticas sobre a condução da direção do DER por Eder André Dias em razão da falta de dinamismo e agilidade das ações. Um prefeito com quem a coluna conversou revelou que as obras de responsabilidade do órgão estão muitos lentas desde que o novo diretor geral assumiu as funções. As chuvas chegaram e todo planejamento feito tem que ser refeito para que não haja descontinuidade com prejuízos para a população e ao que parece nada está sendo redimensionado e algumas obras em andamento sofrerão paralisações. É uma crítica circunscrita às ações do órgão, embora o diretor seja uma pessoa ótima de lidar, segundo o prefeito.
CONTAS
Não deve causar problemas mais complexos ao governador Marcos Rocha a desaprovação das contas pelo Tribunal Regional Eleitoral em razão dos gastos em comunicação da campanha eleitoral. Os recursos destinados a área estão dentro dos parâmetros de mercado e o que deve ter ocorrido foi a forma pela qual contrataram todos os serviços. Basta o jurídico explicar com mais atenção que o problema é sanado. Exceto na hipótese da falta de contrato descrevendo todos os serviços. Para uma campanha que não economizou nos programas de TVs e mídias sociais, os gastos informados ao TRE estão abaixo do mercado.
DISPAROS
O governador tem que ficar atento é na investigação em andamento sobre os disparos em massa por whatsApp que fizeram na pré-campanha o e que é vedado expressamente por lei. Foram milhares de mensagens com a voz do governador sugerindo o pedido de voto, visto que a mensagem descrevia os feitos da administração estadual e a reeleição. É uma investigação que bem feita descobrirá onde o comitê eleitoral de Marcos Rocha conseguiu o acesso ao banco de dados de celulares infringindo de plano a lei de proteção aos dados e, de fundo, a legislação eleitoral.
TARIFA
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), reunida nesta terça-feira, anunciou a nova tarifa para vários estados, inclusive Rondônia. A homologação das tarifas já era esperada em razão da inflação acumulada. Em janeiro os consumidores terão aumento nas contas em torno vinte e dois por cento, menor que os valores de 2019. Mas para as residências o aumento ficará ainda menor em razão da redução de impostos.
MÉDIA
A média do reajuste para o consumidor rondoniense mais humilde ficará em torno 1,68%, considerando uma conta de 262 kwh, que é a variação do consumidor residencial padrão de Rondônia. O principal fator para o reajuste é o fim do desconto fornecido nos últimos dois anos concedido pelo Governo Federal devido à Conta Covid, que girava em torno de 15%. Com o fim da pandemia este subsídio deixou de existir e a distribuidora é obrigada a repassar para poder custear os investimentos feitos e a manutenção.
CAPITALIZAÇÃO
Recursos foram alocados pela Aneel para os consumidores de Rondônia que amortecerão o percentual do aumento das tarifas. Esses recursos são provenientes da capitalização da Eletrobras e de créditos tributários referentes à retirada do ICMS da base de cálculo do PIS/Confins. O aumento de 22%, conforme aprovado, portanto, é para toda a cadeia e a distribuidora, acima demonstrado, e ficará com um percentual infinitamente menor.