Publicada em 28/12/2022 às 11h11
Para demonstrar o drama que estão vivendo há dez dias, moradores do Assentamento Maranatá, na área rural de Chupinguaia, enviaram para a redação do FOLHA DO SUL ON LINE na manhã desta quarta-feira, 28, um vídeo que mostra os transtornos causados após o único acesso à localidade se tornar quase intransponível.
Formado por pequenas propriedades, o assentamento fica a cerca de 30 km da área urbana de Chupinguaia. Os moradores se dedicam principalmente à produção de leite, que garante a renda deles.
O problema é que, para entregar o produto, é preciso atravessar uma “pinguela” improvisada, sob risco de despencar dentro do rio Açúcar com latão e tudo. Quem tem moto faz a arriscada travessia usando este tipo de veículo. Quem não tem é obrigado a usar “o muque”.
Morador da comunidade, um produtor de leite de 29 anos contou ao site que a prefeitura de Chupinguaia já foi procurada e deu uma resposta desanimadora: para consertar a ponte, danificada por uma erosão, será preciso fazer uma licitação.
Após o certame, que pode demorar de 60 a 90 dias, a empresa responsável pelo serviço terá outro prazo para concluir a obra e libertar os sitiantes do isolamento.
O problema é que, durante todo esse período, não só os pequenos produtores estarão ilhados. Uma grande fazenda de criação de gado nas proximidades não consegue receber ração e nem retirar os animais vendidos para o abate.
Além disso, moradores doentes, caso de uma mulher que enfrenta crises de depressão e não anda de moto, ficam impedidos de buscar tratamento na cidade.