Publicada em 12/12/2022 às 15h05
Mais de 11 mil crianças foram mortas ou ficaram feridas desde o início da guerra no Iêmen, em 2014, informou um relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas (Unicef) no fim da noite deste domingo (11).
São ao menos 3.774 mortes confirmadas entre março de 2015 e setembro de 2022, mas a própria instituição reconhece que os dados podem ser maiores. Além disso, ao menos quatro mil menores foram obrigados a combater no conflito.
As Nações Unidas informam recentemente que 2,2 milhões de crianças sofrem de desnutrição, sendo que um quarto delas tem menos de cinco anos. Outro grande problema é que os menores não recebem os cuidados sanitários adequados, como no caso da vacinas, e correm grandes riscos de morrerem de sarampo, cólera ou outras doenças evitáveis.
Conforme dados coletados por ONGs e pela própria ONU, a guerra no Iêmen já matou mais de 230 mil pessoas incluindo causas diretas (ataques, bombardeios, etc) e indiretas (fome, falta de cuidados médicos, etc). Cerca de 20 milhões de pessoas passam fome em maior ou menor grau e cerca de dois terços da população sobrevive apenas por conta da ajuda humanitária internacional.
Considerada uma das piores crises humanitárias do mundo há oito anos, o conflito entre os Houthis, apoiados pelo Irã, e forças pró-governo, ajudadas por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, não tem nenhuma perspectiva de encerramento.