Publicada em 06/12/2022 às 15h25
As autoridades do Havaí mobilizaram a Guarda Nacional dos Estados Unidos como resposta à erupção do Mauna Loa, o maior vulcão ativo do mundo, cuja lava ameaça atingir uma grande rodovia.
Cerca de 20 reservistas da Guarda Nacional desse estado foram mobilizados "para ajudar o condado do Havaí na gestão do tráfego rodoviário e de outras tarefas relacionadas à erupção do Mauna Loa", tuitou o funcionário da agência de gestão de emergências na segunda-feira (05).
Em erupção desde 27 de novembro, o vulcão da maior ilha do arquipélago continua a expelir lava por sua encosta norte. Até o momento, o fluxo não apresenta qualquer perigo para as residências.
Entretanto, as autoridades estão preocupadas com a emanação da lava mais ativa, que avança em um ritmo de cerca de 6 metros por hora em direção a uma via principal, a "Saddle road", cuja possível interdição obrigaria os moradores a fazer longos desvios.
A massa de lava está agora a 3,5 quilômetros da estrada, segundo o boletim do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) divulgado na segunda-feira. No entanto, as condições "tornam difícil estimar se e quando o fluxo de lava atingirá" a estrada.
O USGS também especifica que as emissões de dióxido de enxofre diminuíram consideravelmente, mas ainda são significativas o suficiente "para ter impacto de moderado à significativo na qualidade do ar, em nível regional", dependendo do vento, em particular.
O Mauna Loa, tão vasto que cobre metade da Ilha Grande do Havaí, não entrava em erupção desde 1984. Em seguida, expeliu lava por 22 dias e produziu fluxos que chegaram a apenas seis quilômetros da cidade de Hilo, localizada a nordeste do vulcão.
Com 4.169 metros de altitude, é um dos seis vulcões ativos do arquipélago havaiano e já registrou 33 erupções desde 1843. A principal ilha do arquipélago também abriga um vulcão um pouco mais alto, o Mauna Kea, a 4.207 metros de altitude.