Publicada em 10/12/2022 às 08h50
O Brasil está fora da Copa do Mundo de futebol de 2022. Graças a Deus! Há exatos 39 dias, depois da derrota do Bolsonaro e do Fascismo na política nacional, eis que outra grande alegria toma conta de todos os brasileiros e do país inteiro. Jogando contra um time apenas mediano na competição, a seleção do Brasil mostrou para o mundo o quanto é fraca, bisonha, mole e indolente: durante a dura partida, apenas empatou de 1 X 1 com a modesta Croácia, mas isto foi uma coisa muito boa para o Brasil, pois a Croácia, apesar de ser vice campeã do mundo em 2018, não está ainda no nível do futebol de uma Argentina, França, Inglaterra, Holanda ou até mesmo de Portugal ou Marrocos. Se tivesse ganhado dos fracos croatas, seria certamente goleado pelas seleções classificadas para a semifinal e para a final deste campeonato. Temos que agradecer pela derrota nos pênaltis.
Hrvatska é um time de segunda linha no futebol mundial e mesmo assim ganhou do Brasil, uma equipe, essa sim, de terceira ou quarta linha e sem a menor condição de ganhar qualquer campeonato que seja, apesar de ser o pentacampeão mundial da modalidade. Uma fraca seleção de futebol que tinha apenas alguns jogadores esnobes, arrogantes, toscos e prepotentes. Isso sem falar em alguns funcionários da própria CBF, que chegaram ao requinte e à maldade de “jogar um gato fora” durante uma entrevista com o jogador Vinícius Jr. Uma arrogância indescritível e estranha num mundo que deseja e quer hoje sempre o respeito não só aos animais, mas também às causas sociais e igualitárias do mundo moderno. O Brasil é um país que tem hoje 33 milhões de famintos e miseráveis. Ainda assim, muitos jogadores da nossa seleção comeram “bifes de ouro”.
Comeram, filmaram e também divulgaram em suas redes sociais as “mantas” de carne folheadas a ouro, parece que só para “esnobar” dos nossos fragilizados, explorados, famintos e lascados cidadãos pobres que sempre torcem por eles. De que adiantava o Brasil ser hexacampeão e ter seus cidadãos na fila do osso e passando fome e agruras? O país ganhar mais outra Copa do Mundo e sua gente ganhar um salário que não chega sequer a um terço do menor salário de Portugal, por exemplo? Melhor não ganhar nada, enquanto a miséria for a nossa parceira. Além do mais, o Brasil esteve durante os últimos quatro anos à beira de uma ditadura feroz com Bolsonaro e sua gente. Aliás, o Neymar, que não deveria nunca mais jogar pela nossa seleção, disse que homenagearia o genocida quando fizesse um gol. Ainda bem que ele fez só dois e não se atreveu a essa humilhação.
O Brasil não tem qualidade de vida nenhuma, não tem Prêmio Nobel de nada, não tem reconhecimento internacional em uma área sequer, não tem educação de qualidade, a violência é absurda, a desigualdade social é monstruosa, devasta o meio ambiente, na política praticamente só tem ladrões, é a pátria da corrupção, do jeitinho e da roubalheira e hoje é um pária internacional. Por tudo isso, não devia ganhar nada mesmo. Nem no futebol, em que antes era “o dono do mundo na área”, nem em nada. Fracassado em tudo, tinha que fracassar também no futebol. A não ser que a partir de agora invista em educação de qualidade para o seu povo e mude a sua bruta imagem prante o mundo desenvolvido e civilizado. Jair Bolsonaro e a seleção brasileira de futebol perderam, mas daqui a quaro anos terão novas chances de mostrar ao mundo o que não mostraram em 2022. Tranquilos: dos 26 jogadores da nossa seleção, apenas três deles atuam no Brasil. Deviam ser castigados e forçados a jogar contra o Genus daqui. Ou morar em Porto Velho.
*Foi Professor em Porto Velho.