Publicada em 03/12/2022 às 10h39
A campanha política, que reelegeu o governador Marcos Rocha (União Brasil), não foi das mais fáceis. Apesar de chegar à frente no primeiro turno com 1,83% a mais de votos, que o segundo colocado, o senador Marcos Rogério (PL), com quem disputou o segundo turno –e venceu–, pela diferença de 4.94% dos votos válidos foi uma eleição difícil, que exigiu muito de Rocha e da sua equipe.
Se no primeiro turno o empenho dos parceiros (secretários, ex-secretários, deputados reeleitos e eleitos, dentre outros) não foi efetivo, como deveria ser, a união de forças no segundo turno, inclusive com o principal articulador, o chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves deixando o cargo para dedicar-se totalmente à campanha eleitoral na busca de união, empenho e dedicação de todos os parceiros foi essencial.
Não há dúvida que Marcos Rogério foi um adversário difícil de ser batido. É um bom tribuno, sabe aproveitar bem o que tem de melhor, que é o dom da palavra e teve bons desempenhos nos debates realizados na campanha do segundo turno. Vários institutos de pesquisas sinalizavam, que Rogério seria o novo governador de Rondônia a partir de 2023.
A simplicidade, a humildade, um governo sem escândalos e com bons projetos em andamento, como “Governo na Cidade”, “Porteira Aberta”, “Criança Feliz”, “Mamãe Cheguei”, “Prato Fácil”, “Tchau Poeira” foram fundamentais na busca de Rocha por um novo mandato.
A parceria com a Assembleia Legislativa (Ale), presidida pelo deputado Alex Redano (PRB-Ariquemes) também teve enorme influência, para a vitória de Rocha no segundo turno. Além de Redano, parlamentares (reeleitos e eleitos) do grupo de apoio ao governador, após convocação veemente para “colocarem os pés na estrada” em busca de votos entraram na campanha com dedicação e afinco.
Negar que Rocha tenha problemas no seu primeiro mandato seria ignorar a realidade. Ele enfrentou no mínimo dois anos de pandemia, que assustou o mundo. A força econômica de Rondônia alicerçada no agronegócio também foi decisiva para garantir uma economia forte e recursos suficientes para superar as dificuldades causadas por um imprevisto, como o covid-19, que parou o planeta e matou muita gente. Rocha também atuou bem no combate e controle da pandemia.
O reflexo da satisfação de a maioria dos eleitores com Rocha e sua equipe na luta contra o covid-19 ficou evidente já no primeiro turno, com a eleição do ex-secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo, do partido presidido pelo governador em Rondônia, o União Brasil somando mais de 85 mil votos, o mais bem votado dos oito representantes reeleitos e eleitos para a Câmara Federal.
Nas eleições à Assembleia Legislativa a força da parceria e a organização de Rocha também foram destaques. Cinco dos 24 deputados reeleitos e eleitos são do União Brasil. Há no mínimo mais nove, que podem ser considerados parceiros para o segundo mandato, que terá início no dia 1º do próximo ano.
A reeleição de Rocha não foi acaso. É um governo sem escândalos, que teve uma pandemia de reflexos negativos mundiais, mesmo assim conseguiu contornar os problemas, que foram solucionados de forma pacífica. A conquista de um novo mandato, já com a pandemia controlada e o Estado retomando o desenvolvimento, inclusive com a chegada de uma indústria de jeans, anunciada há dias pelo governador ofertando mais de 1.000 empregos a partir de 2023 fortalecerá a já equilibrada economia de Rondônia, que tem um orçamento de R$ 13 bilhões para 2023.
A chegada da indústria jeans, demonstra que há intenção de investir no segmento. É preciso manufaturar, ao menos um pouco do que produzimos em abundância e com qualidade, como a soja. A fábrica de jeans é o início de um processo industrial, que poderá assegurar a Marcos Rocha e sua equipe suporte suficiente para um mandato tranquilo e eficiente.
É fundamental alertar, que parceria não significa subserviência, e por isso é essencial o bom relacionamento Executivo e Legislativo e a vigilância do Judiciário.