Publicada em 24/12/2022 às 09h20
Porto Velho, RO – A maior vontade deste veículo de comunicação seria chegar nesta reta final de ano e fazer como em todos os outros desde que fora inaugurado em agosto de 2007, ou seja, há 15 anos, e encaminhar uma mensagem estritamente de paz, harmonia, celebração e humanidade.
E de certa maneira todos esses votos continuam preservados, entretanto, por ora, transformados em desejos vindouros porque lamentavelmente em Rondônia – e outras regiões do País –, o ano de 2022 foi especialmente aterrador.
Por discordâncias políticas acirradíssimas e a subsequente combustão da polarização no Brasil, e até aí tudo bem, normais, habituais e necessárias, uma ala ligada ao lado conservador decidiu apartar-se do espírito pacífico das manifestações, rompendo definitivamente com o Estado Democrático de Direito.
Esse eixo minoritário, porém, barulhento, optou por trilhar num mundo paralelo, com as próprias leis, aplicando, por sua conta e risco, o exercício arbitrário das próprias razões.
Com isso, houve tiros e fogo em veículos de comunicação; fechamento de rodovias; derramamento de óleo diesel nas pistas com a finalidade de causar acidentes; destruição de caminhões de empreendimentos regionais; e até enfrentamento físico à lei e à ordem sacramentada por ofensivas contra agentes federais da área de Segurança Pública.
Isto sem contar os incêndios criminosos em ônibus de passageiros.
O Rondônia Dinâmica sempre fez questão de separar o joio do trigo, reiterando, como já fez neste editorial, o direito constitucional às liberdades de expressão e manifestação.
Logo, acampamentos em frente a quarteis ou outros organismos das Forças Armadas, embora soem golpistas pelo conteúdo de suas demandas, precisam ser permitidos e tolerados. Deveriam ir para casa, porque a eleição acabou em outubro, o atual presidente foi derrotado e agora só daqui a quatro anos para colocá-lo de volta na cadeira principal do Planalto.
E só o voto pode fazê-lo desde a redemocratização após tortuosos 21 anos da ditadura militar.
O que o Estado, aí com “E” maiúsculo, não pode tolerar é que o terrorismo corra com rédea solta, sem consequências, alimentando, para tanto, uma atmosfera de desespero, medo e incertezas.
É preciso uma punição rigorosa para quem quer fazer valer seu ponto de vista sobre uma base caótica de ações ilícitas.
Em suma, cadeia. E cadeia pesada. Cadeia em que se joga a chave fora e não se olha para trás.
Dito isto, o Natal vem para aplacar temporariamente os ânimos. E de repente, em alguns núcleos familiares ao menos, relembrar, para os que creem, a importância de Jesus Cristo não só como figura exclusivamente no campo religioso, mas também, e especialmente, na seara histórica. Nos exemplos deixados. No amor abnegado.
Tudo pode ser sintetizado num simples “amais-vos uns aos outros”.
Que a paz vença o caos de forma definitiva.
São os votos da equipe do jornal Rondônia Dinâmica.