Publicada em 16/01/2023 às 12h54
Investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), negou que esteja fora do país. "É mentira. Estou na minha casa em Brasília. Já estive espontaneamente na Polícia Federal e continuo à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos", afirmou o emedebista neste domingo (15) por meio de suas redes sociais.
Na última sexta-feira (13), Ibaneis prestou depoimento à Polícia Federal. Na ocasião, ele deixou o prédio, localizado na Asa Norte, em Brasília, acompanhado dos advogados, sem falar com a imprensa. O depoimento foi prestado de forma espontânea, segundo informou ao R7 Cléber Lopes, um dos advogados do governador afastado.
Afastamento
Ibaneis foi afastado por 90 dias do governo por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, referendada na quinta-feira (12) pelo plenário da Corte. O afastamento ocorreu após atos de vandalismo nas sedes dos tTrês Poderes, no domingo (8), em Brasília.
Reeleito em 2022, o governador afastado disse, na última quarta-feira (11), que acredita ter havido sabotagem de policiais militares durante os atos de vandalismo que depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do STF. Por meio dos advogados que o representam, Alberto Toron e Cléber Lopes, Ibaneis alega ter recebido informações incorretas sobre as ações de segurança na Esplanada dos Ministérios.
"O desenvolvimento das investigações tem, a cada dia, revelado e trazido fatos novos, que indicam uma espécie de sabotagem na ação de policiais militares. Indicam também que ele teve informações erradas e falseadas e que, portanto, não se pode dizer, de maneira nenhuma, que estivesse conluiado com o movimento que se deu no último domingo (8)", afirmaram os advogados na ocasião.
Novo inquérito
O ministro Alexandre de Moraes decidiu instaurar novo inquérito para apurar indícios de atuação criminosa do governador afastado e dos comandantes da Segurança Pública do DF no dia dos atos de vandalismo.
A decisão de Moraes atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi publicada no Diário da Justiça desta sexta-feira (13).
Além de Ibaneis, serão investigados o ex-secretário de Justiça do DF Anderson Torres, o ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e o ex-comandante da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira.