Publicada em 11/01/2023 às 10h48
Porto Velho, RO – No último domingo, 08, os Poderes da República sofreram o maior ataque terrorista da história do Brasil desde a redemocratização, quando promulgada a Constituição Cidadã em 1988.
O que os espectadores assistiram na televisão e em transmissões via redes sociais foi, além de um ataque sem precedentes, show de horror patrocinado por gente graúda que haverá de se encontrar com as consequências de seus atos.
A primeira horda, que faz parte da ala bucha de canhão, que serviu às segundas intenções de quem os bancou, já fora capturada e muitos amargam as sequelas iniciais do atentado.
Sob tutela da Polícia Federal (PF), espalhados em pelo ginásio da entidade no Distrito Federal, muitos dos interceptados já pedem intervenção dos Direitos Humanos – tão criticados pelas direita tupiniquim –, e, demonstrando ainda mais ignorância e desumanidade, tentam comparar suas situações com campos de concentração nazistas.
Para quem há pouco quase nadava em detritos e dejetos; levava raio na cabeça; brigava com tempestades para manter em pé as barracas que abrigam golpistas, o local onde foram colocados, em comparação, é um hotel cinco estrelas.
É muita ironia para um destino só: o coletivo formado por delinquentes que desejam tomar à força o Poder por meio do terror descobriu que o sistema penitenciário brasileiro não é exatamente o Paraíso, muito embora eles estejam apenas na antessala, no salão embrionário daquilo que será o pior de seus pesadelos pelos próximos anos de vida após merecidas e pesadas condenações.
"As pessoas receberam macarrão com nuggets. Deixaram tudo aqui, porque ninguém consegue comer", disse um dos presos.
Outra reclama de ter que comer linguiça e macarrão. "Olha o escândalo que eles nos apresentam. Desde ontem sem comer e eles apresentam isso”.
O último encerra:
“Nem cachorro come isso. Horrível", indica.
Acreditem: o menu vai piorar bastante. Acabou a farra com as costelas assadas no chão; as churrascadas; a comilança desenfreada e todas as outras benesses fornecidas pelos financiadores do intento bolsonarista fora-da-lei.
São os resultados iniciais da colheita do mal.
Falando nisso, até o empresário Luciano Hang, um dos maiores apoiadores do derrotado Jair Bolsonaro, do PL, já aceitou a derrota do aliado e desejou sorte ao novo presidente.
Passadas as eleições, e para acabar com as fake news que vêm espalhadas nas redes sociais utilizando o meu nome, quero desejar ao novo governo que faça uma ótima administração. Torço pelo piloto, afinal de contas estamos todos no mesmo avião. Que possamos ter paz, harmonia, felicidade e muitos empregos para todos os brasileiros”, disse Hang em nota.
E é isso: você não destrói a mais Alta Corte do País e sai ileso. Você não ataca o local de trabalho do presidente da República e sai ileso. E você não acaba com o Congresso Nacional e sai impune.
A sociedade civil organizada está colaborando com as autoridades identificando os terroristas e expondo seus rostos e credenciais.
Entretanto, o peso do império legal não pode recair exclusivamente em cima dos peões, que, sim, devem pagar caro pelo que fizeram, mas também, e principalmente, há de se lançar atrás das grades todos os que custearam a violência e o caos na Esplanada.
E os peixes grandes de Rondônia que se cuidem. O articulista Robson Oliveira declarou exclusivamente em sua coluna que haverá, logo, logo, prisões no estado.
É cadeia e acabou. Causa e consequência.