Publicada em 14/01/2023 às 10h10
Senadores e deputados (federais e estaduais) eleitos em outubro último, ainda, não tomaram posse, solenidade que ocorrerá no próximo dia 1º. As posses nas Assembleias Legislativas são assunto predominante entre os deputados, reeleitos e eleitos, pois também envolvem a eleição da Mesa Diretora, para o primeiro biênio. Em Rondônia não é diferente.
A princípio quem presidirá a Ale-RO a partir de 1º de fevereiro já estaria definido. O deputado-reeleito com mais de 18 mil votos, Marcelo Cruz (Patriota-PVH) seria o nome para comandar o legislativo municipal nos primeiros dois anos do próximo mandato com início em fevereiro. Falta a confirmação de os demais membros da mesa da futura legislatura, mas o deputado-reeleito com mais de 22 mil votos, o quarto mais bem votado do Estado, Cirone Deiró (União Brasil-Cacoal) está entre eles e provavelmente como 1º secretário, cargo de maior relevância, após a presidência, mas desgastante, porque é ele, quem define as contratações, dentre outras ações não menos relevantes.
Mas o assunto central são as eleições municipais (prefeitos e vereadores) do próximo ano. E Rondônia apresenta uma situação peculiar no que se refere aos municípios de maior importância, dos 52 existentes.
O maior município, Porto Velho, hoje, já tem em torno de uma dezena de nomes em condições de ocupar o cargo ocupado, hoje do prefeito Hildon Chaves (UB), que foi reeleito em 2020. Podemos garantir, que praticamente todos os nomes, que já estariam relacionados a concorrer à sucessão municipal na capital têm boas chances de sucesso. E também afirmamos com segurança, que as eleições não serão decididas no primeiro turno.
A exemplo de Hildon, o prefeito de Jaru, João Gonçalves Júnior (PSDB), reeleito em 2020 também está fora das eleições de 2024. João Júnior foi reeleito com mais de 68% dos votos válidos e está entre os políticos emergentes do Estado. Chegou até a ser convidado para mudar de sigla e concorrer a governador em 2022. Mas não aceitou.
Nos demais municípios considerados mais importantes do Estado, pela força econômica, política, financeira, agrícola os prefeitos estão em condições de disputar a reeleição. Vilhena, por exemplo, que teve eleição suplementar em 2022, porque o prefeito e a vice, Eduardo Japonês e Patrícia da Glória, respectivamente, ambos do PV, eleitos em 2020 foram cassados por abuso de poder econômico tem Flori Cordeiro (Podemos) eleito para um mandato-tampão até dezembro de 2024, mas com direito a concorrer à reeleição.
Em Rolim de Moura, o prefeito Aldo Júlio (MDB) também poderá disputar a reeleição, assim como os chefes dos executivos municipais de Cacoal (Adailton Fúria-PSD), Ji-Paraná (Isaú Fonseca-MDB), Ouro Preto do Oeste (Alex Testoni, eleito pelo DEM, mas está sem partido), e de Ariquemes (Carla Redano-Patriota).
No processo de reeleição certamente a missão mais difícil será de Isaú Fonseca, que realiza um bom trabalho em Ji-Paraná. Ocorre que ele terá como um dos adversários, o ex-prefeito e ex-deputado estadual, Jesualdo Pires, do PSB, liderança consolidada da região central e que já está se preparando para concorrer a mais um mandato no segundo maior colégio eleitoral do Estado.
Nas eleições gerais de 2022, Jesualdo era um nome expressivo da região central para ocupar uma das oito vagas na Câmara Federal. Apesar das chances reais, foi pressionado pelo partido, presidido no Estado pelo deputado federal Mauro Nazif, que disputou a reeleição, sem sucesso a concorrer ao governo do Estado. Jesualdo optou por não disputar e agora se prepara para 2024.
Em 2018 Jesualdo concorreu ao Senado, quando estavam na disputa duas das três vagas que cada Estado e o Distrito Federal tem na Câmara Alta. Jesualdo não se elegeu, mas somou mais de 195 mil votos), e em Ji-Paraná foi o mais bem votado (38,08%), inclusive que o senador Marcos Rogério (PL), que somou 22,86% dos votos válidos. Rogério está licenciado para tratamento de saúde.
Existe expectativa de eleições equilibradas para prefeito do próximo ano em Porto Velho, onde cerca de uma dezena de nomes, bons, estão na relação de prováveis candidatos, e em Ji-Paraná, hoje tendo como pré-candidatos Isaú e Jesualdo. O diferencial é que em Porto Velho, certamente teremos segundo turno, mas em Ji-Paraná, não, porque o colégio eleitoral é inferior a 200 mil eleitores. Quem chegar um voto à frente será o prefeito a partir de 2025.