Publicada em 27/01/2023 às 10h32
Porto Velho, RO – A Câmara Municipal de Ji-Paraná foi alvo da Operação Arauto, deflagrada pela Polícia Civil de Rondônia na manhã desta sexta-feira (27).
A empreitada foi desenvolvida pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado de Cacoal (DRACO 2).
De acordo com a instituição, a ação teve como objetivo a desarticulação de suposto grupo criminosos que, segundo a PC/RO, atuava na Região Central do estado a fim de se beneficiar do dinheiro pertencente ao erário.
Isto, ainda segundo a entidade, mediante a prática de supostos ilícitos de corrupção ativa, passiva, extorsão, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
As investigações perpetradas até agora indicam que o grupo atuava praticando “verdadeiro contrabando legislativo” com intenção de articular e obter a aprovação de lei municipal.
A ideia era conseguir o pagamento de precatórios conforme suas intenções.
Lado outro, em contrapartida, “partes dos valores de honorários e sucumbência dos advogados das ações, seriam repassados aos investigados e vereadores envolvidos”, indicam as autoridades investigadoras.
Na visão da PC/RO, a operação visa ainda proteger e garantir os “direitos dos advogados previsto na Lei n. 8.906/94, bem como dos servidores municipais”.
Ao todo, 14 medidas cautelas foram cumpridas; quatro prisões temporária, seis mandados de busca e apreensão além de outros quatro pedidos de afastamento da função pública.
“Dentre os investigados, estão servidores públicos municipais de Ji-Paraná/RO e dois vereadores do referido município”, indica a DRACO 2.
Dentre os locais de busca, além da residência dos investigados, a sede da Câmara de Vereadores de Ji-Paraná foi alvo de medida.
Câmara nega envolvimento de pessoas ligadas ao Poder
Em nota oficial dirigida à imprensa regional, o Poder Legislativo municipal alega que a “Operação está ligada a ação de pessoas que não tem ligação com esta Casa de Leis, tanto que as prisões preventivas são de pessoas sem vínculo com a Câmara Municipal”.
VEJA O COMUNICADO NA ÍNTREGRA:
Sobre a Operação Arauto, desencadeada na manhã desta sexta-feira (27) pela Polícia Civil de Rondônia, a Câmara de Vereadores de Ji-Paraná esclarece que trata-se de busca e apreensão de bens, já cumprida, e que teve ampla colaboração da Procuradoria do Departamento Legislativo da Casa de Leis.
Esclarece ainda que a origem da Operação está ligada a ação de pessoas que não tem ligação com esta Casa de Leis, tanto que as prisões preventivas são de pessoas sem vínculo com a Câmara Municipal.
A citação de nomes de vereadores pelos investigados, como está escancarado nos autos do processo judicial, “não pode, por si só e a grosso modo, ser interpretada como prova lícita” e em nenhum momento há citação por parte dos envolvidos que algum vereador seria beneficiado por dinheiro proveniente das ações, ora investigadas.
Por fim, a Câmara de Vereadores de Ji-Paraná esclarece que continuará contribuindo com as autoridades e que mantém sua transparência ampla, repudiando toda e qualquer ação que vá contra os princípios constitucionais da República.
CÂMARA DE VEREADORES DE JI-PARANÁ
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Departamento de Comunicação
Câmara Municipal de Ji-Paraná (CMJP)