Publicada em 30/01/2023 às 14h37
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, se reuniu nesta segunda-feira (30) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante uma visita a Jerusalém, e defendeu medidas para reduzir a tensão entre israelenses e palestinos.
A visita do representante do governo de Joe Biden coincide com o aumento da escalada de conflitos entre as partes nos últimos dias, principalmente depois de uma série de ataques em Jenin. Na última sexta-feira (27), inclusive, sete pessoas foram mortas em um ataque a tiros em frente a uma sinagoga em Jerusalém Oriental.
"Pedimos empenho pela visão [de paz] de dois Estados e agora é urgente adotar medidas para uma desescalada entre israelenses e palestinos, em vez de aumentá-las", declarou Blinken, acrescentando que "na Esplanada das Mesquitas o status quo atual deve permanecer".
De acordo com ele, o atentado contra a sinagoga "foi mais do que um ataque a indivíduos". "Foi também um ataque ao ato universal de praticar a fé. Nós o condenamos nos termos mais fortes".
"Condenamos todos aqueles que celebram estes e quaisquer outros atos de terrorismo que tiram vidas inocentes, não importa quem seja a vítima ou no que acreditem. Pedidos de vingança contra mais vítimas inocentes não são a resposta", enfatizou.
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Por sua vez, Netanyahu ressaltou ainda que EUA e Israel têm "interesses comuns e também valores comuns. Somos duas democracias fortes e prometo que continuaremos assim".
"Estender o círculo da paz servirá também para conseguir uma solução administrável com os palestinos", acrescentou o premiê israelense sobre o "Acordo de Abrãao".
Além disso, o secretário americano informou que os EUA e Israel concordaram que o Irã não deve mais adquirir armas nucleares".
Antes de visitar Israel, Blinken passou pelo Egito, onde se encontrou com o ministro egípcio das Relações Exteriores, Sameh Shukri. Agora, a expectativa é de que o americano se encontre com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, na terça-feira (31).