Publicada em 15/02/2023 às 15h06
Um asteroide com cerca de 1,2 quilômetro de diâmetro vai passar “relativamente perto” da Terra na noite desta quarta-feira (15), segundo a NASA (agência espacial norte-americana). O fenômeno, no entanto, não representa perigo.
Isso porque o chamado 199145 (2005 YY128) passará a 4,5 milhões de quilômetros – equivalentes a cerca de 12 vezes a distância média entre a Terra e a Lua.
"A ideia não é assustar, mas chamar atenção ao objeto para observadores", explica o astrônomo Pedro Bernardinelli.
Não é a primeira vez
No dia 26 de janeiro, os cientistas alertaram para um outro asteroide – do tamanho de um ônibus – que passaria perto da Terra, rente ao extremo sul da América do Sul. O 2023 BU tinha tamanho estimado de 3,5m a 8,5m de diâmetro.
Apesar de entrar no arco ocupado pelos satélites de telecomunicações mundiais, que ficam a 36 mil km acima de onde estamos, o asteroide não apresentava riscos de atingir a Terra.
Mesmo se entrasse em colisão com nosso planeta, seria muito difícil provocar danos, já que, devido a seu tamanho, se desintegraria no alto da atmosfera. Ainda assim, produziria uma bola de fogo espetacular.
De acordo com a NASA:
Para causar ferimentos, o asteroide tem que ter cerca de 25 metros de comprimento – o que só aparece uma vez em cada 100 anos.
Possíveis mortes são provocadas com rochas com 140 metros, que surgem uma vez a cada 20 mil anos.
Já para devastação global é necessário um asteroide de mil metros, cuja frequência é detectada a cada 500 mil anos.
Para extinções em massa, é preciso esperar de 100 a 200 milhões de anos, quando surge um asteroide de mais de 10 mil metros.
O meteoro de Chelyabinsk, que entrou na atmosfera da Terra sobre o sul da Rússia em 2013, tinha cerca de 20 metros de diâmetro – mais que o dobro do estipulado para o 2023 BU.
O único efeito que provocou foi uma onda de choque que quebrou janelas na superfície da Terra.