Publicada em 27/02/2023 às 08h10
Esse diagnóstico foi apresentado no final de semana pelo advogado especialista no setor de reestruturação empresarial, conforme pesquisa de casos e recuperação judicial como os das Lojas Americanas. Alcides Vilhelm, Mestre no Direito Empresarial, Cidadania e Finanças, assim como um vasto conhecimento na área. O estudo dele, também é confirmado em caso de recuperação judicial feito pela Associação Brasileira de Jurimetria e cientifica da Universidade Católica de São Paulo (PUC).
Dos mais de R$ 103 milhões devidos pelas Lojas Americanas ao Banco da Amazônia (BASA), tudo indica que o Banco perca a metade desse valor, ou seja algo em torno de R$ 51,5 milhões. A outra metade deste valor o seja algo em torno de R$ 51,5, possivelmente seja recuperado percorrendo um longo caminho de 10 anos. Dessa maneira, o Banco da Amazônia que é um dos credores Quirografário das Lojas Americanas, o seja que não oferece e nem possui garantia de pagamento poderá receber apenas a metade daquilo que lhe é devido.
Na verdade, esse tipo de processos de recuperação judicial sempre implica em perdas, seja para os credores ou para os devedores, que normalmente também em valor de mercado, saindo com suas imagens arranhadas frisa o tributarista. Ao Banco da Amazônia, faltou cuidado na análise dos créditos para as Lojas Americanas, principalmente por que o sistema financeiro nacional tem acesso ao Banco Central, que controla centavo, por centavo deste País, então não viram que as lojas Americanas vinham patinando em dívidas atrasadas com seus fornecedores?
É um relatório contundente e forte tecnicamente falando, em que não se encontra justificativa para a liberação de tantos recursos de uma instituição pública, sem o menor grau de segurança e garantia.
O BASA sacrifica Agricultura familiar em Rondônia
O Banco da Amazônia, desconta no lombo de centenas de pequenos produtores rurais principalmente aqueles ligado agricultura familiar que enfrentaram a pandemia, ou fatores climáticos e não conseguem quitar suas dívidas por que o sistema de informática do Banco não consegue gerar os boletos. Ontem, até o fechamento desta matéria o “Campo e Lavoura” não conseguiu contato em Belém do Pará com nenhum diretor do BASA.