
Publicada em 11/02/2023 às 10h53
Rondônia já teve inúmeras mulheres participando ativamente do segmento político-partidário. Após as eleições de outubro último, Elas retomaram essa condição, o que é muito importante para a democracia. O Estado teve inúmeras mulheres influentes na política, assunto que será abordado em breve na OPINIÃO, publicada sempre aos sábados no RONDONIA DINÂMICA.
Mas o assunto de hoje também é sobre as mulheres, que pela primeira vez tem uma significativa representatividade na Assembleia Legislativa (Ale) com a eleição de cinco deputadas representando várias regiões. Apesar de aumentar o número de cadeiras da legislatura anterior, a 10ª, para a atual, a 11ª, de duas para cinco, as mulheres poderiam estar com maior representatividade. Um exemplo é a ex-deputada estadual, Cássia Muleta (Podemos-Jaru), que não conseguiu a reeleição, apesar de ser de família tradicional na política estadual.
Hoje o parlamento estadual tem cinco mulheres dentre 24 parlamentares. É um número significativo, mas não espelha o colégio eleitoral do Estado. Rondônia tem aproximadamente 1,2 milhão de eleitores, sendo cerca de 560 mil eleitores homens, contra 568 mil de mulheres. Em nível de Brasil o eleitorado feminino também é maior que o masculino (mais de 77 milhões contra 70 milhões respectivamente), mas não é isso o que se reflete na Câmara Federal (422-masculino e 91-feminino). O descompasso é enorme.
Nas eleições de 2022 foram eleitas cinco mulheres para a Ale-RO e duas à Câmara Federal. E certamente teremos reflexos nas eleições municipais (prefeitos e vereadores) de outubro do próximo ano.
Uma das principais lideranças femininas de Rondônia, a deputada federal reeleita, Sílvia Cristina (PL), de Ji-Paraná adiantou, que não irá concorrer a cargos eletivos nas próximas eleições. Pretende concluir o segundo mandato, consecutivo, iniciado no dia 1º deste mês e depois manter a sua dedicação no apoio a entidades de combate ao câncer.
A deputada federal Cristiane Lopes (UB), que já foi vereadora em Porto Velho, concorreu nas eleições de 2020 a prefeita da capital e disputou o segundo turno com o prefeito-reeleito Hildon Chaves, na época no PSDB, hoje no União Brasil. Foi derrotada (54,45% ou 109.992 votos, contra 45,55% ou 92.015 votos). foram pouco mais de 17 mil votos em um universo em torno de 300 mil eleitores. Cristiane manteve seu trabalho na política e se elegeu à Câmara Federal em 2022. É um nome expressivo para disputar a prefeitura da capital em 2024.
A segunda deputada estadual mais bem votada em 2022, a primeira dama de Porto Velho, Yeda Chaves (UB) não pode ficar de fora da relação de mulheres em condições de disputar o cargo, hoje ocupado pelo marido (Hildon) no próximo ano. Obteve nas eleições de 2022, 24.667 votos e tem enormes possibilidades de concorrer com sucesso a uma candidatura a prefeita de Porto Velho.
A primeira dama de Rondônia, Luana Rocha, que responde pala secretaria de Ação Social do Estado (SEAS) está entre as mulheres de expressiva representatividade política e em condições de disputar a prefeitura da capital. Realiza importante trabalho em sua área, conhece bem os problemas e soluções para o difícil segmento social e tem ótima fluência junto ao eleitorado de Porto Velho e do interior.
O PT, que vem fortalecido com a eleição do presidente Lula da Silva provavelmente terá a ex-senadora Fátima Cleide, hoje a maior expressão política do partido no Estado, como candidata à prefeitura da capital. Teve uma ótima passagem pelo Senado e nunca deixou de ser militante ativa do partido, mesmo nos tempos difíceis, após a cassação da presidente Dilma Rousseff em agosto de 2016. Fátima foi a quinta mais bem votada à Câmara Federal em 2022, não conseguiu o mandato devido a legenda, mas será uma das candidatas a ser batida em 2024 na disputa pela Prefeitura de Porto Velho.
Não há como, não destacar entre as mulheres em condições de disputar a prefeitura da capital, o nome da ex-deputada federal Mariana Carvalho (PRB), que foi derrotada na disputa pelo Senado em 2022. O empresário da Vilhena, Jaime Bagattoli (PL) foi eleito com 35,81% dos votos bons e Mariana, que liderou até a fase final das apurações 32,17%. Pouco mais de 3,6% dos votos válidos.
Mariana foi vereadora em Porto Velho e disputou a prefeitura da capital em 2012, pelo PSDB, mas não conseguiu chegar ao segundo turno. Ficou na terceira colocação e o segundo colocado, Mauro Nazif (PSB) foi eleito prefeito no segundo turno superando a Lindomar Garçon.
Para a maioria da população as eleições municipais estão distantes. Engano. Estamos a pouco mais de 20 meses para voltarmos as urnas para escolha dos prefeitos e vereadores. Hoje Rondônia tem seis mulheres prefeitas entre os 52 municípios, número que deverá aumentar a partir de 2024.