Publicada em 20/02/2023 às 11h01
Porto Velho, RO – O senador Confúcio Moura, do MDB, abordou o tema “fofoca” em seu blog com texto veiculado sob o título “O alcoviteiro”.
O texto discute a aparente fascinação que as pessoas têm pela vida alheia e pelas fofocas, sugerindo que há motivos para isso, como o encanto que essas coisas podem ter.
O autor menciona que as redes sociais são especialmente propensas a fofocas, e que algumas pessoas conseguem lucrar com isso.
A narrativa também destaca a natureza intrínseca da política, que parece sempre envolver fofocas e intrigas.
Confúcio reconhece que ele próprio é um consumidor de fofocas, e relata uma experiência em que ele ouviu uma conversa sobre política em um restaurante e achou isso fascinante.
Por fim, em tom de brincadeira, o texto sugere que o "cargo" de "Alcoviteiro Mor da República Federativa" pode ser uma adição útil ao governo, para monitorar e relatar as fofocas e intrigas políticas.
LEIA:
O ALCOVITEIRO
Por Confúcio Moura
Ouvi dizer que as páginas dos jornais mais lidas são as de horóscopos e das fofocas. De certa forma deve ter motivos de sobra para as pessoas ficarem atrás da vida alheia, principalmente, dos artistas famosos, jogadores de futebol e políticos. Há um verdadeiro encanto em tudo isto. As redes sociais vão a loucura com as fofocas. Tem gente que fica rica da noite para o dia, com estas engrenagens que prendem seus públicos.
Além da fuxicaria que a política tem necessidade de vida e morte. Outra “desqualidade” que percebi foi a de prestar atenção às conversas das pessoas ao lado. Se tivesse jeito gravaria o que se fala nas caminhadas, nas mesas dos bares, nas festas. Quem já teve o prazer de ouvir ou assistir a uma briga de marido e mulher, tem autoridade para cunhar homem e mulher de bichos irracionais.
Com esta “desvirtude” me peguei de surpresa em Pirenópolis (GO) num restaurante, outubro de 22, grudado os ouvidos na fala, mesa ao lado cheia de jovens do interior de Goiás, naquele embalo de alegria, sorrisos, como não poderia faltar as opiniões divergentes sobre Lula e Bolsonaro, segundo turno da campanha para Presidente). Achei tudo aqui fantástico e maravilhoso. Conclui que sou também um consumidor de fofocas.
Pude observar a importância do ócio e não se ter nada de sério para fazer, bocas cheias de sorrisos, como se não houvesse mundo lá fora. Ouvir os debates sobre a diversidade, a qualidade de ouvir o outro e a urgente necessidade de se criar, um novo cargo na República, se é que já não exista, o de Alcoviteiro Mor da República Federativa, sempre com antenas bem ligadas. Se ainda não houver este cargo, proporei a urgência e relevância, como é o indispensável o Gabinete do Ódio, Serviço de Arapongagem, Fake News oficial ou extraoficialmente, acho que o fofoqueiro já nasce pronto.