Publicada em 13/02/2023 às 14h20
Porto Velho, RO – O médico de Rondônia José Hiran da Silva Gallo, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), encaminhou manifestação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) falando sobre o uso de máscaras no combate ao Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2).
No trecho mais significativo da mensagem, Gallo anota que “As máscaras de pano ou tecido são inúteis para formar barreira contra vírus”.
Ele inclui:
“As máscaras cirúrgicas e os chamados respiradores (N95), apesar de trazer a percepção de que protegem contra barreiras virais, não conseguiram demonstrar essa proteção quando submetidas a estudos duplo cego randomizados ou metanálises, que são os tipos de estudos mais precisos e confiáveis do método cirúrgico”.
Portanto, ainda segundo ele, falando em nome do CFM, “não há evidência científica de que o uso de máscaras de forma banalizada e disseminada na comunidade tenha algum impacto sobre a transmissão de COVID-19 ou mesmo redução de adoecimento”.
Antes de encerrar ele anota ainda:
“Isso inclui medidas como as da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que vem obrigando passageiros, tripulantes e funcionários de aeroportos a usarem máscaras quando entram no chamado “lado ar” do aeroporto. Além de não ter evidência de proteção, existe evidência de agravos à saúde dos tripulantes, passageiros e ao meio ambiente”.
O CFM entendeu que não existe mais estado de emergência sanitária da COVID no planeta desde meados de 2022, “não há curva epidêmica em vigência e mesmo que houvesse, a medida da ANVISA carece de fundamentação técnica e científica para sua execução. As previsões de aumento de curvas e óbitos de forma dramática feitas de forma equivocada no final do ano passado não se transformaram em realidade”.
A crítica de Gallo vai além:
“O uso de máscaras como sinalização de virtude ou como medida de sensação de pertencimento social jamais podem ser impostas a pessoas que não compartilham de tais ideologias ou comportamentos, em especial na ausência de evidência científica ou mesmo eventual prejuízo à saúde do paciente, como é no caso em tela”.
E encerra:
“Após uma análise detalhada dessa literatura, considerando apenas a lógica e as evidências, foi realizada uma síntese dos principais argumentos em favor do uso indiscriminado e universal, identificando-se que os mesmos não se sustentam tanto por falhas internas quanto pelos múltiplos achados de pesquisa em contrário já publicados. De fato, foram encontrados indícios de prejuízos individuais e coletivos da adoção de políticas de máscaras como as contempladas aqui. Ao final, conclui-se que, diferentemente do que ocorre no contexto de profissionais de saúde em ambientes hospitalares usando equipamentos de alto nível, não há justificativa científica para a recomendação ou obrigatoriedade do uso de máscaras pela população em geral como política pública de combate à pandemia da Covid-19”, concluiu.
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