Publicada em 03/02/2023 às 14h21
Um total de 998 crianças imigrantes separadas de suas famílias durante o mandato do ex-presidente republicano Donald Trump ainda não se reuniram com seus pais, informou o Departamento de Segurança Nacional (DHS) dos Estados Unidos nesta quinta-feira (2).
Sob a política de "tolerância zero" colocada em prática por Trump de 2017 a janeiro de 2021, milhares de crianças foram separadas de suas famílias para desencorajar a chegada em massa de imigrantes, a maioria da América Central, à fronteira com o México.
Quando o democrata Joe Biden assumiu a Casa Branca, prometeu uma política migratória "mais humana" e criou um grupo para reunir as crianças que ainda estavam separadas de seus pais.
O Grupo Operacional para o Reencontro Familiar "identificou até o momento 3.924 crianças que foram separadas entre 20 de janeiro de 2017 e 20 de janeiro de 2021", das quais 2.926 reuniram-se com seus pais (incluindo durante o mandato de Trump), informou o DHS em comunicado. Entre as 998 restantes, 148 estão hoje em processo de reunificação familiar.
As condições de alojamento dos menores foram criticadas por ONGs e profissionais.
"Reafirmamos nosso compromisso de trabalhar sem descanso para reunir as outras famílias que sofreram por causa da política cruel e desumana anterior, que não refletia os valores da nossa nação", declarou o secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, citado na nota.
O DHS ressaltou que Mayorkas se reuniu com algumas famílias para "entender melhor suas experiências e necessidades atuais".
Biden propôs um caminho para a cidadania de 11 milhões de imigrantes, em um país que há 35 anos não conta com uma lei desse tipo. Democratas e republicanos, no entanto, não chegam a um acordo sobre uma reforma migratória.