Publicada em 25/02/2023 às 10h46
Após eleições complicadas em outubro de 2022, quando foram reeleitos e eleitos presidente da República, governadores, senadores (uma das três vagas de cada Estado e do Distrito Federal), deputados federais e estaduais e, o fim da Festa de Momo (Carnaval), aos poucos o Brasil vai retomando a normalidade. Inclusive nos preços dos combustíveis, onde o litro da gasolina, que na sexta-feira (24) era comercializado a R$ 4,98, hoje custa mais de R$ 6, na maioria dos postos de Porto Velho
O ano também inicia na política com a posse do novo presidente da República, Lula da Silva (PT), de os governadores (o de Rondônia, Marcos Rocha-UB foi reeleito), em 1º de janeiro e a vaga no Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas em 1º de fevereiro. Se em nível federal Lula vem encontrando dificuldades para governar, porque foi uma eleição de apenas dois candidatos (ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro-PL) e o radicalismo entre as partes dificulta a ação do novo governo, com a maioria das ações oposta ao anterior, Rocha não têm problemas.
Em Rondônia, apesar da renovação significativa na Assembleia Legislativa (mais de 60%), a política entre o governador-reeleito Marcos Rocha, o relacionamento entre Executivo e Legislativo deverá se manter forte como na legislatura anterior, a 10ª. Apesar de ser eleito para um primeiro mandato, Rocha não teve problemas com os demais Poderes (Legislativo e Judiciário), e deverá manter a parceria, o que é bom para o Estado, para a população.
Em nível Congresso Nacional, o governo do Estado também não deverá ter dificuldades de junção de forças. Dois oito deputados federais, quatro são do partido de Rocha, o União Brasil com a ex-vereadora de Porto Velho, Cristiane Lopes; ex vice-prefeito da capital, Maurício Carvalho; ex deputado estadual, Eurípedes Lebrão e o ex–secretário de Estado Fernando Máximo. Dois são do PL, Sílvia Cristina e coronel Chrisóstomo Moura, ambos reeleitos; além de Thiago Flores e Lúcio Mosquini do MDB, partido que esteve fechado com Rocha durante a campanha eleitoral de 2022.
No Senado, Confúcio Moura tem uma linha de independência, mas de apoio ao presidente Lula. Já foi governador em dois mandatos consecutivos e sabe de a necessidade da parceria e bom relacionamento do comandante maior do Estado com os senadores. Temos, ainda, Samuel Araújo, que assumiu a vaga de Marcos Rogério (PL), que está licenciado. Ele foi eleito suplente de Rogério pelo PL, se filiou ao PSD e Jaime Bagattoli (PL), que assumiu em 1º de fevereiro e é parceiro de Rocha.
Conciliador e sempre preocupado em somar, o que é fundamental na política, onde divisão tem que ser descartada, Rocha também tem maioria no parlamento estadual. Dos 24 deputados, cinco são do União Brasil, a maior bancada; Patriota e PSD têm as segundas maiores, três deputados cada um; PRB. MDB, PL e PSC com dois membros e PSB, PRB, PTB, PT e Podemos elegeram um deputado para cada legenda.
Além do PT, oposição natural a Rocha, mas muito bem representado pela jovem deputada Cláudia de Jesus, ex-vereadora em Ji-Paraná e sempre muito coerente em suas ações, de oposição lógico, mas responsáveis, o governador também não deverá ter dificuldades com o PSD, pois Laerte Gomes, de Ji-Paraná, maior votação de um deputado estadual desde a primeira legislatura (já estamos na 11ª) com 25.603 votos, é o seu líder na Ale-RO.
Mais experiente, após um primeiro mandato, espera-se do governador Marcos Rocha e de sua equipe um trabalho, ainda, mais identificado com a agricultura, saúde, educação, social, transporte, cultura, esportes, comércio, dentre outras questões não menos relevantes.
Rondônia é um Estado jovem com pouco mais de 40 anos de emancipação político- administrativa e continua sendo um Eldorado para quem pretenda vencer na vida. Eleições somente em 2024 (prefeitos e vereadores). É hora é de o Estado retomar o desenvolvimento. Além da consolidação da sua agricultura, da pecuária, da piscicultura é necessário fomento para a industrialização, de pelo menos parte da soja produzida no Estado.
Nada justifica vender o produto in natura, no caso da soja, por exemplo, para depois compra-lo manufaturado. No mínimo tem que ser como a carne bovina onde os frigoríficos, que garantem significativa força na economia regional com a venda da carne industrializada e não com a venda de boi gordo para frigoríficos de outros Estados. Indústria significa mão-de-obra permanente e povo equilibrado financeira e economicamente.