Publicada em 16/02/2023 às 09h30
O chefe da diplomacia de Israel, Eli Cohen, desembarcou nesta quinta-feira (16) em Kiev para a primeira visita de um ministro do país desde a invasão russa da Ucrânia há quase um ano.
“Estivemos do lado do povo ucraniano e da Ucrânia no último ano”, disse Cohen ao chegar a Kiev, onde deve se reunir com seu homólogo Dmytro Kuleba e com o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, de acordo com um comunicado do ministério israelense das Relações Exteriores.
“Hoje vamos hastear a bandeira israelense na embaixada de Israel em Kiev, que retomará suas atividades de forma permanente com o objetivo de fortalecer as relações entre os países”, afirma o comunicado.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, Israel tenta permanecer neutro no conflito, em particular devido à presença do exército russo na Síria.
Israel, que reivindica um vínculo especial com Rússia, com mais de um milhão de cidadãos procedentes da ex-União Soviética, não forneceu armas à Ucrânia, apesar dos pedidos reiterados de Zelensky.
No início de fevereiro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o país considerava a possibilidade de fornecer ajuda militar à Ucrânia, ao mesmo tempo em que se oferecia para atuar como mediador do conflito.
O ministério das Relações Exteriores da Rússia reagiu declarando que “todos os países que entregam armas devem entender que consideraremos (essas armas) alvos legítimos das Forças Armadas russas”.