Publicada em 01/02/2023 às 09h28
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que está considerando a possibilidade de fornecer ajuda militar à Ucrânia e atuar como mediador no conflito do país com a Rússia, depois que o governo dos Estados Unidos pediu um compromisso mais ativo.
Netanyahu não assumiu compromissos formais com a Ucrânia e Israel mantém a relação com a Rússia, que controla o espaço aéreo na vizinha Síria e ignorou os os ataques israelenses contra alvos do Irã.
Mas em uma entrevista ao canal americano CNN, Netanyahu disse que está “considerando” fornecer assistência à Ucrânia e comentou que os Estados Unidos “pegaram grande parte das munições israelenses e a entregaram à Ucrânia”.
“Israel também, francamente, atua de maneiras que não vou detalhar aqui contra a produção de armas do Irã, que são usadas contra a Ucrânia”, disse.
Netanyahu destacou que tem vontade de atuar como mediador, caso receba um pedido da Ucrânia e da Rússia, além dos Estados Unidos.
“Estou por aqui há tempo suficiente para saber que deve existir um momento certo e as circunstâncias certas. Se surgirem, com certeza vou considerar””, disse.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, afirmou ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, que viajaria à Ucrânia para reabrir a embaixada do país.
Naftali Bennett, antecessor de Netanyahu, fez uma visita surpresa em março do ano passado a Moscou para uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin. Bennett conseguiu transmitir mensagens a Putin do presidente ucraniano Volodimir Zelensky, mas não conseguiu estabelecer negociações diretas.