Publicada em 08/02/2023 às 08h51
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, desembarcou nesta quarta-feira (8) no Reino Unido para sua segunda visita ao exterior desde o início da invasão russa há quase um ano.
O avião de Zelensky pousou às 10h20 (7h20 de Brasília) no aeroporto londrino de Stansted. O presidente ucraniano seguirá para Downing Street, onde terá uma reunião com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak.
Durante a tarde, ele será recebido por Charles III no Palácio de Buckingham, anunciou a Casa Real britânica.
Zelensky também discursará no Parlamento, informou Downing Street em um comunicado, no qual também anuncia que Londres oferecerá a Kiev o tão solicitado treinamento para a pilotos de caças utilizados pela Otan.
A primeira visita ao exterior do presidente ucraniano desde o início da guerra aconteceu em 21 de dezembro, aos Estados Unidos, quando Zelensky foi recebido na Casa Branca pelo presidente Joe Biden e fez um discurso no Congresso americano.
Após a viagem surpresa a Londres, parece "provável", embora ainda não tenha sido confirmado, que Zelensky visite em seguida Bruxelas, onde algumas fontes citaram a possibilidade de uma sessão extraordinária do Parlamento Europeu com a sua presença na quinta-feira (9).
No mesmo dia terá início um encontro de líderes da União Europeia, que poderá contar com a presença de Zelensky - convidado pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que visitou Kiev na semana passada ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
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O presidente ucraniano pede com insistência que os países ocidentais intensifiquem e acelerem a ajuda militar ao país.
"Os governantes conversarão (...) sobre o apoio britânico à Ucrânia, começando pelo aumento imediato no fornecimento de equipamentos militares para ajudar a enfrentar a ofensiva de primavera (hemisfério norte) da Rússia e reforçando-o com um apoio de longo prazo", explicou Downing Street.
Rishi Sunak também pretende "propor o reforço da oferta de treinamento do Reino Unido para as tropas ucranianas, principalmente com a extensão aos pilotos de caça para garantir que a Ucrânia possa defender seu espaço aéreo no futuro", afirma o comunicado.
O treinamento permitirá que os ucranianos consigam pilotar caças sofisticados de acordo com as normas da Otan, do tipo que Zelensky pede, segundo o governo britânico.
O Reino Unido forneceu 2,3 bilhões de libras (2,5 bilhões de euros, 2,8 bilhões de dólares) em ajuda militar à Ucrânia no ano passado. O governo se compromete a manter o nível de ajuda em 2023, o segundo maior no mundo depois dos Estados Unidos.
Londres entregou armas letais ao exército ucraniano antes mesmo do início da invasão, em 24 de fevereiro de 2022, e foi o primeiro governo a anunciar que pretendia enviar tanques pesados.
Rishi Sunak viajou a Kiev em novembro e declarou que Zelensky poderia contar com o apoio britânico "até a vitória da Ucrânia". Ele também anunciou que enviaria armas antiaéreas.
Até o momento, o governo britânico aceitou fornecer 14 tanques Challenger 2, mas hesita sobre o envio de caças à Ucrânia. Na semana passada, considerou que os pilotos ucranianos precisariam de "meses" ou "anos" de treinamento para aprender a utilizar os aparelhos.