Publicada em 07/02/2023 às 10h39
Porto Velho, RO – Reportagem especial feita pelo site “Pública”, primeira agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos do Brasil, aborda ‘‘A vida antes e depois das hidrelétricas no Madeira’’, em Rondônia.
A agência deixa claro ao se apresentar que “Todas as nossas reportagens são feitas com base na rigorosa apuração dos fatos e têm como princípio a defesa intransigente dos direitos humanos”.
O texto em questão é assinado por Tanamak (Márcia Mura).
Parte do trabalho esmiúça especialmente as consequências da trágica enchente enfrentada pelos rondoniense no ano de 2014. O fato foi denominado pela jornalista, autora do texto, como “divisor de águas”.
“Em 2014, pouco tempo após o início do represamento do rio por conta da construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, aconteceu uma grande inundação no rio Madeira, que afetou os territórios de povos indígenas, populações tradicionais e os espaços urbanos desde a Bolívia. Para o lado do Brasil, foram afetados diretamente Rondônia, Amazonas e Acre, mas, independente dessa divisão, todos os habitantes das margens do Iruri, e dos outros paranãs [rios] ligados à sua bacia hidrográfica, foram atingidos.
Animais como sucuris, jacarés e peixes morreram em grande quantidade, assim como antas, queixadas, pacas e cutias, dentre outros. Foram impactados os povos Mura, Tenharin, Parintitin, Mura Pirahã, Torá, dentre outros, assim como as populações dos espaços territoriais ribeirinhos e extrativistas.
De acordo com as conversas que tive com moradores do Distrito de Nazaré, iríamos precisar de uns 50 anos para recuperar as mortes dos animais, das árvores, dentre outras vidas que se perderam durante a inundação de 2014. Na avaliação das comunidades ribeirinhas, essa enchente foi causada pelas hidrelétricas construídas no nosso rio ancestral e que atravessaram nossas vidas”.
CONFIRA A ÍNTEGRA:
Descendo o rio ancestral – a vida antes e depois das hidrelétricas no Madeira