Publicada em 18/03/2023 às 11h19
Recentemente Rondônia recebeu doses da vacina contra Monkeypox, uma doença causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Apesar do nome popular, é importante destacar que os macacos não são reservatórios, ou seja, não são capazes de permitir que o vírus da varíola viva e se multiplique em seus organismos.
O Núcleo de IST, Aids e Hepatites Virais da Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa realizará a distribuição para cinco Gerências Regionais de Saúde – GRS, sendo estas, responsáveis pela distribuição aos municípios com serviço de referência à realização da vacinação, seja em esquema de pré-exposição ou pós-exposição. O trabalho contará com a estrutura logística da Rede de Frio, de forma articulada com os serviços ambulatoriais especializados em HIV/Aids. Cada município definirá a logística junto aos serviços ambulatoriais especializados nestas doenças, nas Unidades de Referência.
De acordo com o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – Cievs, da Agevisa, Rondônia teve até 3 de março, nove casos confirmados de Monkeypox, e todos foram curados, sem nenhum óbito registrado.
Segundo o governador de Rondônia, Marcos Rocha, “com essa medida preventiva, esperamos o controle da Monkeypox, atendendo aos grupos definidos pelo Ministério da Saúde, e garantindo a saúde e segurança da população”, ressaltou.
O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregorio de Lima ressaltou que, desde 2022 Rondônia acompanha as orientações do Ministério da Saúde – MS no enfrentamento à doença. “Foi o ano em que o Ministério lançou uma campanha de prevenção à Monkeypox, com o objetivo de orientar as pessoas na autoavaliação de risco, e conscientizá-las sobre a importância das medidas de prevenção”, lembrou.
A vacina contra Monkeypox não faz parte do calendário vacinal nacional, portanto, a distribuição é feita pela área técnica da Agevisa. A definição do fluxo de distribuição da vacina será realizada pela Coordenação Estadual de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais da Agência, com prioridade ao público-alvo no Informe Técnico Operacional de Vacinação Contra A Mpox, disponível no link. A coordenadora do Núcleo, Gilmarina Silva Araújo informou que a população-alvo para a vacinação seguirá as recomendações a seguir:
VACINAÇÃO PRÉ-EXPOSIÇÃO:
Pessoas vivendo com HIV/Aids – PVHA: com idade igual ou superior a 18 anos; com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células, nos últimos seis meses. Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.
PÓS-EXPOSIÇÃO:
Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Fotos: Frank Néry