Publicada em 28/03/2023 às 15h59
Três anos após a primeira morte por Covid-19, o Brasil alcançou nesta terça-feira (28) a marca de 700 mil óbitos pela doença - um ano e cinco meses após registrar 600 mil mortos. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde.
A primeira morte por Covid no Brasil ocorreu no dia 12 de março de 2020. A vítima foi uma paciente de 57 anos em São Paulo.
100 mil mortes: o Brasil atingiu a marca de 100 mil mortos em 8 de agosto de 2020, cinco meses depois do anúncio do primeiro óbito. Foi o segundo país em todo o mundo a atingir esse indicador, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
200 mil mortes: as 200 mil mortes por Covid chegaram antes da vacina. Foi em 7 de janeiro de 2021 (a vacinação começou em 17 de janeiro do mesmo ano, horas após a Anvisa aprovar o uso emergencial da CoronaVac e AstraZeneca).
300 mil mortes: um pouco mais de dois meses após as 200 mil mortes, o Brasil chegou a triste marca de 300 mil vidas perdidas pela Covid. Foi em 24 de março de 2021.
400 mil mortes: o Brasil registrou 100 mil mortes em apenas 36 dias e chegou aos 400 mil óbitos em 29 de abril de 2021.
500 mil mortes: em 19 de junho de 2021, o Brasil chegou à marca de meio milhão de mortos pela Covid, 51 dias após bater 400 mil óbitos.
600 mil mortes: em outubro de 2021, o Brasil atingiu 600 mil mortes por Covid. Foram 111 dias depois de chegar à marca de 500 mil mortes.
Abril de 2021, o mês mais letal
Abril de 2021 foi o mês mais letal da Covid-19 no Brasil. Foi quando o país chegou às 400 mil mortes. Entre março e abril, foram 100 mil mortes registradas em apenas 36 dias.
Em 29 de abril daquele ano, o consórcio de veículos de imprensa havia registrado mais de 76 mil mortes, mais do que março, que havia registrado 66.868 mortes em 31 dias.
Na época, o país tinha pouco mais de 14% da população com uma dose.
Vacinação mudou o curso da pandemia
A vacina mostrou, ao longo da pandemia, que é a melhor forma de proteção contra casos graves e óbitos da Covid. Segundo o vacinômetro do Ministério da Saúde, mais de 510 milhões de doses já foram aplicadas no país, seja primeira, segunda ou dose de reforço.
Em entrevista ao g1 no começo de 2022, o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, reforçou a importância da vacinação na história da pandemia.
"Transformamos a história natural da Covid-19 com a vacina. Transformamos uma doença que era altamente letal, com uma taxa de letalidade importante, para uma doença cujo risco de morte é muito mais baixo em pessoas que se vacinaram corretamente", destaca Chebabo.
Vacinação hoje
Neste ano, o Brasil começou uma nova etapa da vacinação, com o imunizante bivalente da Pfizer. A primeira fase engloba:
Pessoas com mais de 60 anos;
Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP);
Pacientes imunocomprometidos a partir de 12 anos;
Comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
Gestantes e puérperas;
Trabalhadores da saúde (a partir de 17/04);
Pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos (a partir de 17/04);
População privada de liberdade (a partir de 17/04);
Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas e funcionários do sistema de privação de liberdade (a partir de 17/04).
Veja as recomendações para outras faixas etárias:
40 a 59 anos: esquema vacinal primário (duas doses) + duas doses de reforço;
12 a 39 anos: esquema vacinal primário (duas doses) + reforço com intervalo mínimo de 4 meses entre as doses;
5 a 11 anos: esquema vacinal primário (duas doses) + reforço (preferencialmente Pfizer) com intervalo mínimo de 4 meses entre as doses;
3 e 4 anos (CoronaVac): esquema vacinal primário (duas doses) + reforço (preferencialmente Pfizer) com intervalo mínimo de 4 meses entre as doses;
6 meses a 4 anos (Pfizer): esquema vacinal primário (três doses).