Publicada em 24/03/2023 às 15h19
"Espero ano que vem estar com elas também."
Assim disse Marta - eleita seis vezes melhor do mundo -, no ano passado, ao referir-se sobre a seleção brasileira na Copa de 2023, a ser disputada na Austrália e Nova Zelândia. Eram as prospecções da artilheira após se recuperar de uma lesão grave - de ruptura de ligamento cruzado - que a tirou dos gramados por mais de seis meses. Agora, aos 37 anos, prepara-se para sua sexta Copa do Mundo.
Marta voltou a ser convocada para a seleção no início deste ano, ainda na disputa da She Believes Cup, e mudou a partida no amistoso contra o Japão - mostrando mais uma vez o motivo de ser a maior ganhadora de troféus de melhor do mundo. Havia se recuperado de lesão após passar por cirurgia no joelho e perder até mesmo a Copa América, em que o Brasil sagrou-se campeão.
Dois meses depois da She Believes, a atleta está novamente na convocação da técnica Pia Sundhage - para a disputa da Finalíssima contra a Inglaterra e do amistoso com a Alemanha, ambos no início de abril. Às vésperas do Mundial, a experiente enche os olhos da treinadora sueca.
"Depois de sofrer uma lesão, ela está mais forte ainda, comparado às Olimpíadas. Isso me deixa muito feliz. Ela é única."
- Provavelmente não está tão rápida como antigamente, não domina o jogo como fez nas Olimpíadas de 2008, mas ela é muito importante. Só a presença dela. Ela lidera pelo exemplo - afirma a treinadora.
Marta segue como a última presente na seleção entre três principais pilares do futebol feminino no Brasil, após a saída de Formiga e Cristiane - sendo a primeira aposentada e a segunda fora das convocações de Pia desde 2019. Assim, a experiência - principalmente em meio a uma seleção renovada - está nos pés da Rainha.
Além do próprio posto de liderança, a meia-atacante também tem sido fundamental para Pia Sundhage por conta do passe final - necessário dentro do esquema de jogo veloz desejado pela treinadora. Marta - para a comandante - será responsável por aumentar o nível, a confiança e a energia da equipe.
- Todos sabem que energia é contagiosa. Principalmente se você estiver um pouco nervosa. Acho que ela é um ótimo exemplo. E esperamos que ela esteja bem fisicamente e ela vai ajudar a seleção feminina.
"Ela já fez ótimas coisas, mas acho que o melhor momento dela ainda vai chegar. Se tivermos sorte."