Publicada em 14/03/2023 às 09h08
Paulinho do Cinema, Minduin, Luiz Fritz, Edimar Kapiche, Zivan Almeida e Romeu Moreira na “mira” do ex-presidente da Câmara de Cacoal
Porto Velho, RO – Na Terceira Sessão Ordinária de 2023 na Câmara Municipal de Cacoal, o vereador do Republicanos, João Paulo Pichek, fez um discurso de mais de sete minutos.
No pronunciamento, o edil “atacou” o prefeito de Cacoal Adaílton Ferreira Antunes, o Adaílton Fúria, do PSD; procuradores; seis colegas (que expôs nominalmente); fez críticas à Justiça rondoniense e ainda ameaçou renunciar ao cargo de presidente caso retorne a ele por força judicial.
Trecho da fala é distribuída em grupos no WhatsApp, porém o Rondônia Dinâmica acessou a íntegra da manifestação.
Parte de sua indignação está relacionada ao fato de que um grupo de parceiros de ofício busca no Judiciário anular a deliberação que levou a chapa encabeçada por Valdomiro Corá, o Corazinho, do MDB, à Presidência da Casa de Leis-mirim.
“A Câmara Municipal de Cacoal tem seis vereadores que simplesmente estão provando para a população cacoalense que tem gente que manda no mandato deles”, acusou Pichek.
Em outra passagem, sacramentou, referindo-se à eleição da nova Mesa Diretora:
“É vergonhoso, é vergonhoso. Eu acho que não aceitar a derrota, infelizmente a pessoa, o vereador que não aceita a derrota, deve renunciar ao cargo e pedir para sair”.
Em seguida, ele acusa o Executivo de influenciar nas deliberações do Legislativo municipal mencionando a ausência de meia-dúzia de vereadores. Paulo Pichek diz que matérias importantes deixaram de tramitar por ausência de quórum.
A partir disso, voltou sua bateria retórica na direção do Poder Judiciário.
“E quero aqui deixar registrado. Se a Justiça realmente interferir no Regimento desta Casa, e anular a Presidência desta Casa, fazer com que eu volte a ser presidente, eu já vou pedir pro William deixar minha carta de renúncia pronta. Eu vou deixar, William. Se realmente a Justiça interferir pedindo para que eu volte a ser presidente desta Casa, na mesma hora eu irei assinar minha renúncia de presidente”, exclamou.
Adiante, ironizou:
“E já peço também para a Justiça de repente legislar. Vir aqui e mandar um juiz. De repente ser o presidente desta Casa. De repente fazer com que mude o Judiciário da Avenida Cuiabá para a Avenida Presidente Médici. De repente aqui está precisando. Porque é vergonhoso. Isso já é vergonhoso. Desde 05 de dezembro a Câmara Municipal passar por essas situações realmente vergonhosas”, considerou.
Pichek, em seguida, nomeou as pessoas às quais, segundo ele, estariam emperrando os trabalhos legislativos.
“E eu vou falar o nome [...]. Vereador Paulinho do Cinema (PSB), Minduin (PP), Luiz Fritz (PSD), [Edimar] Kapiche (PSDB), Zivan [Almeida], do PSC, e Romeu [Moreira], do União Brasil. E não adianta ficar usando rede social depois [...]”.
Em sua visão, “É vergonhoso ver seis vereadores sendo mandatos pelo Executivo e procuradores que ganham mais de R$ 40 mil nesta Casa”.
Antes de encerrar, voltou a fazer alertas ao Judiciário:
“O que eu falo, cumpro. Se o Judiciário realmente mais uma vez intervir nesta Casa, rasgue o Regimento, Judiciário, e venha aqui legislar, venha aqui ser presidente, venha aqui ser vereador, venha representar a população cacoalense. [...] Já que até este momento nem o Judiciário sabe o que faz, até porque tudo isso está acontecendo por causa do Judiciário também, fica a reflexão”.
CONFIRA O VÍDEO: