
Publicada em 29/03/2023 às 15h20
Uma fã do EI (Estado Islâmico) foi condenada a três meses de prisão após postar fotos de si mesma na frente das cabeças cortadas das vítimas do grupo terrorista.
O Tribunal Distrital de Goteborg, na Suécia, ouviu que Fatosh Ibrahim havia “em duas ocasiões publicado fotos de cabeças decepadas e espetadas na cerca” de uma rotatória em Raqqa, na Síria.
A Justiça disse em decisão que Fatosh postou "comentários depreciativos sobre as pessoas nas fotos" no Facebook, comentando que "eles mereciam o que foram submetidos".
A mulher de 35 anos usou o próprio celular para tirar as fotos na Praça Naim de Raqqa — que significa “Paraíso” — onde os membros do Estado Islâmico exibiram partes do corpo das vítimas.
A fã do grupo terrorista admitiu ter postado as fotos na rede social e disse: “Não sei o que estava pensando. Fui ferida de guerra. Era muito comum ver cadáveres em Raqqa”.
No tribunal, ela alegou que ela havia viajado para a Síria em dezembro de 2012 e não tinha intenção de se juntar ao grupo terrorista, mas foi forçada a ficar.
"Eu trabalhava permanentemente como soldadora. Meu irmão queria que eu fosse para a Síria para uma visita. Então fiquei presa lá e não pude viajar para casa. Isso foi em 2012 e o EI veio em 2013", afirmou Fatosh.
A Justiça, no entanto, afirmou que “a mulher expressou claramente sua simpatia pelas ações do grupo Estado Islâmico, e suas ações foram consideradas relacionadas ao conflito armado que estava ocorrendo na área na hora."
Fatosh, em resposta, disse que as mulheres não tinham liberdade em Raqqa e que tinham que fazer exatamente o que os homens mandavam, antes de retornar à Suécia em 2017.
