Publicada em 24/03/2023 às 10h07
O Brasil sempre foi conhecido como “o país do futebol”, mas esse título parece estar ficando ultrapassado. Afinal, de uns anos para cá, a Seleção enfraqueceu-se consideravelmente e os jogadores brasileiros perderam o protagonismo no cenário internacional. Será que a “amarelinha” voltará a ser temida no futuro próximo? Os palpites de hoje para essa pergunta não parecem muito animadores.
Isso porque o futebol brasileiro vive uma verdadeira queda de nível técnico. Se há alguns anos o Brasil produzia jogadores como Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho, Kaká, Adriano, entre tantos outros, o cenário atual é bem diferente. Conta-se nos dedos os jogadores acima da média – e nenhum está no nível dos melhores de antigamente.
A prova disso é que o último brasileiro a ter sido eleito o melhor do mundo foi justamente Kaká, no já longínquo ano de 2007. Isso não significa que o Brasil não conte com bons jogadores na atualidade. Neymar sem dúvidas é um deles. Vinicius Jr. é outro que vem se destacando no Real Madrid, sendo uma das principais peças da equipe nos últimos anos. Além disso, nomes como Casemiro são referências internacionais.
De todo modo, falta aquele craque que assuma o protagonismo no futebol mundial. Não de forma eventual, porque sua equipe fez uma boa campanha em determinado ano. Mas um jogador que seja reconhecido e admirado por companheiros e rivais e, é claro, por torcedores de todo o mundo.
Assim eram Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Romário, para citar atletas dos anos 90 para cá. Assim foi Kaká, que jogou por uma década em altíssimo nível e, em 2007, foi o futebolista mais decisivo do planeta. Hoje há apenas bons jogadores - alguns até muito habilidosos -, mas falta-lhes aquele “algo mais”, que antes abundava no futebol brasileiro.
De uns tempos para cá, o Brasil vem formando uma série de jogadores que sabem fazer muitas firulas, mas não finalizam bem. Praticamente todos os atacantes convocados por Tite para a Copa de 2022 eram assim. Quão diferentes de um Ronaldo, de um Romário ou até mesmo de um Adriano.
Infelizmente, nada indica que algo esteja sendo feito para mudar esse cenário. Dessa forma, o futuro do futebol brasileiro é incerto. Assim como a França tornou-se uma potência mundial ao longo dos últimos anos, o Brasil pode estar se transformando em uma força mediana. Essa posição, aliás, é mais condizente com as últimas participações da Seleção em Copas do Mundo.
Nas últimas cinco edições, o Brasil foi eliminado quatro vezes nas quartas de final e uma na semi (a derrota de 7 a 1 para a Alemanha). Além disso, as duas últimas eliminações foram para Bélgica (2018) e Croácia (2022), algo difícil de se imaginar em tempos passados.
Por isso, vejamos o que acontecerá no futuro – mas por enquanto não há nenhum motivo para otimismo.