Publicada em 17/03/2023 às 15h25
O Ministério da Fazenda estimou nesta sexta-feira (17) crescimento de 1,61% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A nota foi divulgada pela Secretaria de Política Econômica e já consta no Boletim Macrofiscal. A previsão de alta ficou acima das expectativas do mercado financeiro e do Banco Central.
A expectativa de desaceleração do ministério é consequência de 2022, quando a economia registrou alta de 2,9%. Essa é a primeira previsão da nova equipe econômica, do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, também estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 somará 5,31%.
Inflação de 2023
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Se confirmado, esse será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação. No ano passado, a inflação se somou em 5,79%.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente para cerca de 35,63% da população, que recebem até um salário mínimo. A razão se dá ao fato de que os preços dos produtos aumentam sem que o salário acompanhe esse crescimento.
Essa é uma nova referência da equipe econômica ao processo de alta dos juros, conduzido pelo Banco Central para tentar conter as pressões inflacionárias, comandado por Roberto Campos Neto.