Publicada em 27/03/2023 às 15h27
A Justiça Eleitoral aceitou denúncia contra quatro envolvidos nos ataques ao sistema de informática do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições municipais de 2020. Os agora réus participavam de grupos hackers responsáveis por ataques cibernéticos realizados a partir de outubro daquele ano.
À época, depois de uma apuração complexa, a equipe de especialistas da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE identificou 486 mil conexões por segundo para tentar derrubar, sem sucesso, o sistema de totalização de votos.
Entretanto, as tentativas de ataques cibernéticos sofridas pelo sistema de totalização de votos não foram capazes de interferir no resultado das urnas.
De acordo com a denúncia, os invasores tiveram acesso a dados de 2020, como endereços e telefones, um sistema administrativo e sem relação com o processo eleitoral. A informação inicial, porém, era de que os dados obtidos pelo hacker se referiam somente ao período de 2001 a 2010.
Além disso, em 15 de novembro daquele ano, dia do primeiro turno de votação, dois dos réus atuaram para dificultar o funcionamento do aplicativo e-Título e impedir a realização da justificativa por georreferenciamento.
Os quatro responderão por associação criminosa. Três deles também são réus pelos crimes de invasão de dispositivo informático; desenvolver ou introduzir programa capaz de alterar sistema de dados do serviço eleitoral; e corrupção de menores. Desses, dois respondem, ainda, pelo crime de promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais.