Publicada em 25/03/2023 às 08h22
Porto Velho, RO – O senador licenciado de Rondônia não perdeu apenas as eleições de 2022 tanto no primeiro quanto no segundo turno, levado à lona pelo mandatário do Palácio Rio Madeira reconduzido, Coronel Marcos Rocha, do União Brasil.
Marcos Rogério também foi retirado do comando do PL em Rondônia; e, com ele, todo o grupo que formava junto o corpo diretivo da legenda gerida nacionalmente por Valdemar Costa Neto.
Na prática, a terceira derrota de Rogério implica dizer que Neto não conta com ele nos planos de “ressurreição” política do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Desde o seu afastamento, que culminou na posse do suplente, Samuel Araújo, do PSD, o político falador, provocador e principal defensor do antigo morador do Alvorada no passado recente deu lugar à figura silente, que não se posiciona a respeito de absolutamente nada sobre os temas grandiosos envoltos ao debate político-social em espectro nacional.
Isto, passando pelos atos de terrorismo em Brasília do dia 08 de janeiro às eleições das Mesas Diretoras do Senado e da Câmara Federal.
A letargia cada vez mais pululante e enraizada o coloca numa posição de aceitação de status ordinário dentro da agremiação em que há pouco “dava as cartas”.
Agora, quem manda é um novo trio: Jaime Bagattoli, novato na Câmara Alta; o parlamentar Coronel Chrisóstomo, reeleito; e sua colega, Sílvia Cristina, que também regressou ao ofício democraticamente.
Valdemar Costa Neto anunciou o retorno de Bolsonaro ao Brasil no dia 30 de março. E o partido deve iniciar um caminho rumo à organização institucional para pavimentar o nome do ex-regente da União como principal artífice da oposição ao governo Lula, do PT.
Em Rondônia, unidade da federação que deu mais de 70% de aval a ele, a missão dos três representantes do bolsonarismo é fácil neste sentido; mais complicado, lado outro, vai ser orquestrar os passos locais da sigla para 2024, quando ocorrerão os pleitos municipais para a escolha de prefeitos e vereadores.
Como o trio se divide bem territorialmente em representatividade, sendo Chrisóstomo nome da Capital; Cristina da Região Central e Bagattoli no Cone Sul, a extensão de suas influências poderá impactar sobremaneira nos resultados das eleições se as decisões administrativas forem tomadas de forma racional.
Para eles, um novo tempo. Tempo de comando. Era de gestão, administração, reorganização e holofotes, luz; para Rogério, a amarga lição empírica relacionada à frase “o mundo dá voltas: hoje você brinca, amanhã é brinquedo”.
E como todo brinquedo uma hora tem de ser guardado e voltar para o baú fechado, breu.
NOVO PL EM RONDÔNIA
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