Publicada em 21/03/2023 às 11h09
Porto Velho, RO – O Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) publicou levantamento sobre razão de mortalidade materna (RMM).
Rondônia está numa posição preocupante no quesito, vez que os números “dispararam” de 2019 a 2021.
Em 2021, inclusive, o estado (165,2) surgiu como uma das três piores unidades da federação no apontamento, ficando atrás apenas de Tocantins (185,6) e Roraima (275,5).
O levantamento conclui – com ilustração de gráficos –, que as doenças virais foram as principais responsáveis pelos registros de morte de gestantes e puérperas no ano de 2021, atingindo razão de mortalidade de 50,4 mulheres a cada 100 mil nascidos vivos.
A entidade entende que “Cerca de 90% das mortes maternas são evitáveis. Por essa razão, a mortalidade materna é considerada um dos maiores problemas da saúde pública brasileira e uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres”.
Em termos locais, o advogado e sociólogo Vinicius Valentin Raduan Miguel, especialista em Administração Pública (CIPAD-FGV) e doutor em Ciência Política (UFRGS), entende:
“A situação é dramática e absurda. Demonstra que a atuação do Poder Público é péssima, causando mortes evitáveis. Nossos dados, em Rondônia, são os piores do país e isso é o sintoma de uma doença muito grave: a incompetência política”, anotou.
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