Publicada em 27/04/2023 às 14h40
Uma aliança internacional de cientistas lançou uma iniciativa para descobrir, na próxima década, milhares de novas espécies que vivem nos oceanos.
Atualmente, a cada ano pesquisadores descobrem 2 mil novas espécies de vida marinha. O objetivo agora é acelerar e encontrar pelo menos 100 mil novas espécies; 10 mil por ano - uma grande força-tarefa para descobrir novas espécies antes que a pesca excessiva e o aquecimento global levem populações inteiras à extinção. O diretor do projeto diz:
"Precisamos que as pessoas se apaixonem pela maravilha e pela majestade da vida oceânica, se quisermos ter alguma chance de protegê-la".
A sede desse projeto vai ser na Universidade Britânica de Oxford, onde o Museu de História Natural abriga espécies encontrados desde a época de Charles Darwin. O naturalista britânico desenvolveu a teoria da evolução, que virou a base de grande parte de nossa compreensão sobre a chamada "árvore da vida".
Também na Inglaterra, em um instituto em Cambridge, vai ser feito o sequenciamento genético das novas espécies encontradas e, assim, vai aumentar o que os cientistas chamam de “biblioteca genética” da vida marinha.
Esse projeto, em uma tradução livre chamado de Censo dos Oceanos, é o maior programa desse tipo da história. Nos próximos anos, cientistas do Reino Unido e do Japão vão fazer dezenas de expedições em uma corrida contra o tempo.
“Com o aquecimento global, os oceanos estão perdendo oxigênio. Com isso, estamos perdendo espécies. Se esse processo continuar, a gente vai enfrentar outra grande extinção no oceanos e perderemos grande parte da árvore da vida", afirma outro diretor do projeto.
As expedições vão usar equipamentos de ponta, muito modernos, como uma espécie de carro-bolha e robôs também, que vão nas profundezas procurar novas formas de vida, para depois protegê-las.