Publicada em 03/04/2023 às 14h55
O balão chinês que sobrevoou o território americano entre janeiro e fevereiro deste ano não tinha nada de inocente, era controlável e roubou informações sigilosas dos Estados Unidos. Foi isso o que dois militares e um ex-funcionário do governo disseram ao canal NBC.
Segundo as informações dos dois oficiais, que falaram sob anonimato, o aparelho da China coletou informações confidenciais de áreas militares apesar dos esforços da administração Biden de impedir que isso acontecesse.
Pelo que foi dito à TV americana, era possível sim controlar o balão — a China negava esta informação —, que passou várias vezes sobre as mesmas áreas. Com isso, dados sigilosos foram coletados e enviados a Pequim, capital chinesa, em tempo real. A maior parte do que foi captado pelo aparelho foi de sinais eletrônicos.
Para os militares, a China poderia ter conseguido muito mais informações confidenciais se não fosse o trabalho de bloqueio feito pelo governo dos EUA, que mudou de lugar potenciais alvos e também diminuiu a capacidade do balão de transmitir dados para a China.
Caça dos EUA atingiu aparelho chinês
O governo chinês negou várias vezes que o balão fazia espionagem e disse também que ele foi parar acidentalmente, levado pelo vento, em território americano. O artefato entrou no Alasca no dia 28 de janeiro e, depois de quatro dias, já estava sobre o estado de Montana, especificamente em cima de uma base aérea de Malmstrom, que tem material nuclear.
Inicialmente, o presidente Biden não quis derrubar o balão e optou por apenas monitorá-lo. Mas logo que foi descoberto, o objeto voador passou a se movimentar mais velozmente, no que se julgou ser uma tentativa da China de tirá-lo dos EUA. Assim, no dia 4 de fevereiro, Biden ordenou que o aparelho fosse destruído, o que foi feito por um caça da força aérea americana. A China divulgou um protesto pela ação do presidente norte-americano.
O governo dos EUA recuperou os destroços do objeto para análise.