Publicada em 20/04/2023 às 14h37
Durante encontro com Volodymyr Zelensky, realizado nesta quinta-feira (20/4), o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, defendeu a entrada da Ucrânia na aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
“O futuro da Ucrânia está na Otan. Todos os aliados concordam com isso”, disse Stoltenberg em sua primeira visita ao país após a invasão russa.
De acordo com o chefe da organização militar, a Otan irá continuar apoiando a Ucrânia no conflito contra a Rússia “pelo tempo que for necessário”.
Zelensky, por sua vez, afirmou que não existe “nenhuma barreira objetiva” para a adesão do país na Otan, e pediu que a relação entre a aliança militar e a Ucrânia aumente.
“Precisamos de algo mais do que o tipo de relacionamento que estamos tendo agora”, afirmou o presidente ucraniano. “Se houver uma oportunidade [de aderir a aliança], estaremos prontos do nosso lado”, acrescentou.
Expansão da Otan
A expansão da Otan no Leste Europeu se tornou um dos motivos das tensões entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou na invasão russa liderada por Vladimir Putin, em 2022. O Kremlin por muitas vezes afirmou que a aproximação da aliança militar de seus fronteiras era um risco para o país.
Desde então, países membros da aliança militar passaram a apoiar a Ucrânia no conflito que já dura mais de um ano, provocando uma série de ameaças do Kremlin a intenção de países vizinhos aderirem ao bloco.
No último dia 4 de abril, a Finlândia entrou para a aliança militar do Ocidente, dobrando a fronteira da Otan com a Rússia.