Publicada em 07/04/2023 às 09h59
A China prometeu tomar “medidas fortes e resolutas” na defesa da soberania e integridade territorial do país após uma visita da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen (foto), aos Estados Unidos.
A líder de Taiwan se reuniu nessa quarta-feira (5/4) com Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, na Califórnia.
Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ming, a aproximação entre EUA e Taiwan é vista pelo país liderado por Xi Jinping como uma infração à soberania do país. “Está é uma violação grave do princípio de uma só China”, afirmou Ming durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (6/4).
Apesar de apenas 13 países reconhecerem Taiwan como um país, a ilha é governada de forma independente desde 1949. A China, no entanto, não reconhece a autonomia da província e há décadas ameaça retomar o controle da região.
Esta não é a primeira vez que a aproximação entre EUA e Taiwan é vista como uma provocação aos chineses. Em fevereiro de 2022, a visita da então presidente da Câmara de Representante dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, provocou tensões diplomáticas entre norte-americanos e chineses.
Na época, a China chegou a sobrevoar o território de Taiwan com aviões de guerra, e afirmou que os EUA pagariam “o preço por minar os interesses soberanos de segurança” do país.