Publicada em 20/04/2023 às 11h17
Massificada através das redes sociais e grupos de WhatsApp, a ameaça de que escolas de Vilhena seriam alvos de ataques nesta quinta-feira, dia 20 de abril, surtiu o efeito desejado pelos que disseminaram a informação sobre os “massacres”.
Na escola de ensino infantil Aparecida da Silva, da rede municipal em Vilhena, a direção confirmou que hoje metade das crianças não apareceu. A delegada da Polícia Civil, Solangela Guimarães, esteve no colégio e conversou com servidores. Nenhuma ameaça de ataque foi registrada até o momento.
Com a ajuda de um veterano professor, o FOLHA DO SUL ON LINE mapeou a situação em outras três escolas. Em duas delas, ambas da rede municipal, as faltas hoje foram impressionantes: na Ivete Brustolin, dos 400 alunos do período, menos de 90 compareceram; na Marcos Donadon, dos 250 estudantes da manhã, apenas cerca de 80 estavam presentes.
Já o colégio militar Tiradentes (antigo Zilda da Frota Uchôa), as faltas foram mínimas, menos de 10%. Hoje, na entrada dos estudantes, mochilas foram vistoriadas com detectores de metal.
Nesta instituição, militares que estavam de folga teriam sido convocados para reforçar a segurança. Além disso, os pais foram avisados antes sobre as ameaças e receberam a garantia de que haveria ações para evitar qualquer incidente no colégio.
Em conversa com o FOLHA DO SUL ON LINE, delegada Solangela, que junto com agentes da Polícia Civil visitou outras escolas, disse que não foi encontrado qualquer indício de ameaça e que as aulas transcorrem normalmente.
“Fake News”, disse a delegada, ao se referir às publicações nas redes sociais e no WhatsApp, responsáveis pelo clima de pânico envolvendo o dia 20 de abril, e que chegou também a estabelecimentos particulares de ensino. Mesmo assim, ela destacou a importância das ações de prevenção, que envolveram também a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.