Publicada em 24/04/2023 às 13h28
Ao participar de audiência pública promovida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga os atos de criação de 11 reservas ambientais nas mais diferentes regiões do estado de Rondônia, o deputado Delegado Camargo (Republicanos) responsabilizou diretamente o ex-governador Confúcio Moura (MDB) pela insegurança jurídica vivida por milhares de famílias que vivem nessas áreas.
De acordo com o parlamentar, Confúcio Moura mentiu para o povo quando disse que apoiava o produtor rural e traiu esse mesmo povo ao decretar, no apagar das luzes do seu governo, decreto instalando as reservas ambientais. “Mentiroso e traidor. Mentiu e traiu todas essas famílias que acreditaram na sua conversa de apoiar o produtor rural. Confúcio Moura teve dois mandatos para resolver a situação desse povo e no último momento, sem nenhum motivo aparente, jogou na lama a vida desses trabalhadores rurais. Famílias que vivem no mesmo local há mais de 20, 30 anos, que foram chamadas pelo governo federal para ocupar e povoar essa região Norte do país, tiveram suas histórias simplesmente descartada por uma canetada inconsequente do Confúcio Moura e hoje vivem em situação dramática, com medo de dormir e acordar com a polícia na porta com a ordem de despejo”, disse o deputado.
Durante a reunião, ao usar a tribuna, o deputado Delegado Camargo afirmou ainda que a decisão pelos decretos beirou a maldade, pois Confúcio Moura sabe que uma área ao ser decretada como reserva ambiental, é muito difícil fazer a reversão. “Confúcio conhece a legislação e sabe a dificuldade de se reverter uma área decretada como reserva ambiental. Não foi por desconhecimento, isso tenho certeza. Ele sabia que a maioria dessas áreas está antropizada e o processo de recuperar a floresta é muito difícil. Essa população que mora nessas localidades investiu uma vida inteira de trabalho e dedicação e nada disso foi considerado por Confúcio Moura que, sabe-se lá os motivos que teve para assinar tais decretos.
Ao finalizar, o deputado que é delegado da polícia civil em Rondônia se colocou à disposição para ajudar no que for necessário. “Não faço parte dessa CPI e acredito na capacidade e na boa vontade dos deputados que a compõe, mas me coloco à disposição, junto com toda a minha equipe técnica de gabinete para ajudar em tudo o que for necessário. Precisamos reverter essa situação para devolver a paz a essas centenas de famílias que vivem angustiadas sobre o seu futuro nas propriedades”, disse.