Publicada em 22/04/2023 às 10h39
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em encontro com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, defendeu a ampliação dos membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
Em discurso, o presidente brasileiro criticou a atual formação do Conselho. “Eles são os membros do conselho e eles decidem a guerra sem ao menos consultar o conselho. Foi Estados Unidos contra o Iraque, a Rússia contra a Ucrânia, a França e a Inglaterra contra a Líbia, ou seja, eles mesmo desrespeitam as decisões do conselho de segurança e por isso precisamos tentar mudar”, declarou Lula.
Atualmente os membros permanentes do Conselho de Segurança são Estados Unidos, Rússia França, Reino Unido e China.
O chefe do Executivo brasileiro também afirmou que nunca igualou as responsabilidades da Rússia e da Ucrânia em relação à guerra.
“Eu sei o que é invasão e o que é integridade territorial. Mas agora a guerra começou e alguém precisa falar em paz”, disse. Já o presidente português, Marcelo Rebelo, reforçou o posicionamento do país sobre ajudar a Ucrânia na defesa do território.
Lula também foi questionado sobre as questões relativas ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), mas declarou que só tratará do assunto quando retornar ao Brasil.
O presidente pretende que o Brasil sedie a COP30 em 2025, na cidade de Belém (PA). Já foi enviada a candidatura do Brasil para o evento.
Programação
No domingo (23), a agenda de Lula está sem compromissos, por enquanto, o que sugere que ele vá ter um dia livre nas terras portuguesas. Na segunda-feira (24), o presidente segue para Matosinhos, no norte de Portugal, para participar de um fórum empresarial em que temas como energia, mobilidade, saúde, tecnologia e inovação serão debatidos. Lula retorna a Lisboa no mesmo dia em um cargueiro KC-390, produzido pela Embraer.
Ainda na segunda-feira, Lula vai assinar o diploma do prêmio Camões concedido ao cantor brasileiro Chico Buarque, em 2019. A honraria não foi entregue por falta de assinatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).