Publicada em 21/04/2023 às 10h48
Depois da crise iniciada após a demissão do general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o governo federal mudou o tom em relação a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, a CPMI, sobre os atos criminosos de 8 de janeiro.
Os membros do governo já se mostram favoráveis quanto a comissão e, inclusive, já trabalham no Congresso Nacional para a participação da base governista.
Um dos primeiros a falar nesse assunto foi o Ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O ministro destacou que mais de 1000 pessoas já estão sendo investigadas e que o momento é de combater a narrativa de que as verdadeiras vítimas tenham participado dos atos.
Para a instalação da CPMI, serão necessárias um terço das assinaturas na Câmara e no Senado, ou seja, 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.
A mudança na postura do governo acontece após os vídeos vazados que mostram a atuação de membros do GSI no Palácio do Planalto no dia 8 de Janeiro.
Entre as pessoas que aparecem, está o general Gonçalves Dias, próximo de manifestantes.
O general trabalhou na segurança da presidência durante os dois primeiros mandatos de Lula; também trabalhou durante um período no governo de Dilma Rousseff.
Nesta quinta-feira (20), mais de 30 parlamentares da oposição encaminharam à Procuradoria-geral da República um pedido de prisão contra o general por participação nos atos.