Publicada em 06/04/2023 às 14h47
O Exército de Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira (6/4) contra o sul do Líbano após interceptar foguetes lançados do território palestino. Em meio a tensões no país, nessa quarta-feira (5/4), a polícia israelense atacou dezenas de fiéis na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém.
No Twitter, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que os foguetes foram lançados da Faixa de Gaza e que o país irá retaliar qualquer ataque contra a população e os soldados israelenses.
“Hoje visitei a bateria do Domo de Ferro estacionada no sul do país e conversei com os combatentes que interceptaram os foguetes lançados esta noite da Faixa de Gaza. Iremos atacar qualquer um que tentar nos prejudicar e cobraremos um alto preço para eles se arrependerem de qualquer ação contra cidadãos israelenses e soldados das FDI”, escreveu Yoav Gallant.
A Agência Nacional de Informações divulgou que a artilharia israelense disparou “vários projéteis de suas posições na fronteira” contra duas cidades localizadas no sul do Líbano. Segundo o governo de Israel, o ataque acontece em resposta aos “vários foguetes do tipo Katyusha” lançados do país vizinho.
O Exército do Líbano declarou ter localizado vários foguetes que estariam preparados para lançamento no sul do país.
Tensões em Israel
A polícia de Israel atacou centenas de fiéis mulçumanos na mesquita de Al-Aqsa, localizada na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, nessa quarta-feira (5/4). A retaliação aconteceu na véspera do Pessach, a Páscoa judaica, e durante às celebrações do Ramadã muçulmano.
Segundo as forças de segurança de Israel, a operação era uma preparação para a chegada dos fiéis judeus que iria acontecer no dia seguinte no local.
Segundo o canal árabe Al Jazeera, os palestinos realizavam rezas durante a noite, tradicional no Ramadã, quando os agentes de segurança chegaram e pediram a saída dos fiéis ou eles seriam retirados por meio da força.
A imprensa local destaca que os jovens decidiram permanecer na mesquita e foram alvos de bombas de gás lacrimogêneo e mais de 350 palestinos foram detidos na operação.