Publicada em 18/04/2023 às 08h59
A justiça russa negou nesta terça-feira (18) o pedido da defesa do jornalista dos Estados Unidos Evan Gershkovich, preso há 20 dias na Rússia acusado de espionagem, para responder ao caso em liberdade.
Gershkovich compareceu nesta terça a um tribunal em Moscou para a audiência de apelação. Foi a primeira vez que ele apareceu desde que foi preso, em 30 de março.
Gershkovich, que é correspondente do jornal norte-americano "The Wall Street Journal" na Rússia, foi detido pelo FSB, o serviço de segurança russo, em Ecaterimburgo, por suspeita de estar roubando informações secretas de uma instalação militar.
O The Wall Street Journal nega e alega que ele fazia uma reportagem no local.
No mesmo dia da detenção, a Justiça russa decidiu mantê-lo em prisão preventiva por até dois meses, enquanto aguarda julgamento - ele está desde então no presídio de Lefortovo, em Moscou.
Na sessão desta terça, Gershkovich foi colocado em uma cabine de vidro e metal, vestindo uma camisa xadrez com os braços cruzados à sua frente. Ele não disse nada, mas sua defesa pediu que ele aguardasse o julgamento em liberdade. Ao fim da sessão, o juiz negou o pedido.
As acusações de espionagem na Rússia podem ter sentenças de prisão de até 20 anos. Os Estados Unidos consideraram que o jornalista foi detido injustamente, e, na segunda-feira (17), embaixadores de vários países pediram que a Rússia o liberte.