Publicada em 29/04/2023 às 08h58
Porto Velho, RO – O Rondônia Dinâmica veiculou opinião intitulada “Arrogância, vaidade e narcisismo político levaram Marcos Rogério à bancarrota; Rocha triunfou nas adesões e calmaria” no dia 31 de outubro de 2022.
Um dia após o senador-licenciado perder pela segunda vez, turno após turno, para o xará, Marcos Rocha, do União Brasil.
No texto há uma série de explicações para a sucessão de fracassos colecionada pelo congressista afastado.
Desde que resolveu sair de cena, sob justa explicação, ou seja, para cuidar da saúde de sua filha, Rogério resolveu também suspender as publicações em redes sociais, onde era ativíssimo, falando, diuturnamente, as mais absurdas “groselhas” sem temer consequências.
Um exemplo foi quando o político rondoniense atribuiu ataques terroristas praticados por bolsonaristas em Brasília, no último mês de dezembro, a “radicais de esquerda, infiltrados nas manifestações”.
E ele ainda asseverou à ocasião: “Não nos esqueçamos que em todos esses anos em manifestações da Direita sempre foram pacíficas”.
A frase foi expressada menos de um mês antes do “Dia 08 de Janeiro”, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, defenestrado do Poder por meio do voto, democraticamente, invadiram as sedes do Supremo (STF); Palácio do Planalto e Congresso Nacional.
Muitos foram presos. Muitos estão presos. E muitos serão condenados pelos atos de barbárie.
Marcos Rogério terá concorrência quando voltar ao Senado:agora há outros adulando Bolsonaro no Poder / Reprodução
Ainda besuntado em arrogância, vaidade e narcisismo político, características que, na visão deste veiculo de comunicação, o fizeram “beijar a lona”, Rogério disse ancho de si mesmo que perdeu porque a população o queria mesmo era no Senado Federal.
Ou seja, na cabeça dele, e só lá mesmo, um vitorioso. Em suma, gastou mais de R$ 9 milhões para ficar onde está.
A questão principal é que agora Jair, como figura de oposição, tem outros arquétipos, que, assim com Rogério, vivem só de se escorar em sua “sombra”. Por exemplo, o histriônico Coronel Chrisóstomo, do PL, que não consegue termina uma frase inteira sem berrar; ou o próprio Jaime Bagattoli, da mesma legenda, que, embora mais calmo que o colega de partido, tem aproximação real com o ex-presidente.
O hiato deixou Marcos afastado da função de vassalagem à qual prestou nos últimos quatro anos, e a probabilidade de ele ter de migrar à outra causa ideológica, com o fez saindo do PDT, de esquerda, rumando ao DEM, de centro, e desembocando no PL, de direita, é gigantesca.
Se ficar, já sabe: o papel de sujeição irrestrita não será mais seu monopólio, e o senador de licença terá de aprender a dividir, justamente como preceitua o comunismo que ele tanto combate.
Marcos Rogério não perdeu porque o queriam no Senado. Perdeu principalmente para si mesmo. Porque viu no espelho um reflexo maior que ele próprio. Caiu no conto do Narciso. Perdeu porque ignorou outros polos da política. E perdeu porque o adversário era mais qualificado. Às vezes a explicação óbvia é só um emaranhado de situações simplistas.