Publicada em 26/04/2023 às 08h52
O Sudão está enfrentando um conflito interno desde meados de abril, quando as forças armadas sudanesas entraram em confronto com as Forças de Apoio Rápido (RSF), paramilitares que apoiam o governo. O saldo do conflito já ultrapassa 459 mortos e mais de 4.072 feridos, além de ter causado o deslocamento de muitas pessoas do país.
Nessa semana, a situação ficou ainda mais preocupante. Um dos grupos envolvidos no conflito invadiu um laboratório em Cartum, capital do Sudão, e tomou materiais perigosos, como patógenos de sarampo e cólera. O alerta foi dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou a situação como de “alto risco biológico”.
O representante da OMS no Sudão, Nima Saeed Abid, falou sobre a situação em entrevista à imprensa. Segundo ele, o risco é real e pode afetar não apenas o Sudão, mas também outros países da região. A invasão do laboratório é uma preocupação porque pode levar à disseminação de doenças perigosas e potencialmente mortais.
A OMS tem trabalhado para conter a disseminação de doenças no Sudão e em outros países africanos. A organização está preocupada com o risco de surtos de doenças como sarampo, cólera e outras doenças infecciosas que podem se espalhar rapidamente em condições precárias de higiene e saúde.
O conflito no Sudão continua, com as forças armadas e os paramilitares lutando pelo controle do país. A OMS pede a todas as partes envolvidas no conflito que respeitem o direito humanitário internacional e protejam a saúde e a segurança das pessoas afetadas pelo conflito. Enquanto isso, as autoridades de saúde estão monitorando de perto a situação do laboratório invadido e tomando medidas para prevenir a disseminação de doenças.