Publicada em 26/04/2023 às 15h41
O Vaticano anunciou, nesta quarta-feira (26/4), que o papa Francisco vai permitir que mulheres votem no próximo Sínodo dos Bispos. O anúncio histórico sinaliza abertura para maior inclusão feminina nas decisões internas da Igreja Católica, após décadas de reivindicações.
O Sínodo dos Bispos é uma instituição permanente, que reúne religiosos do mundo inteiro em encontros periódicos. Durante as reuniões, os clérigos discutem e votam sobre questões ideológicas e outras orientações da Igreja, enviadas para deliberação do papa.
Após a decisão, cinco religiosas se juntarão a cinco padres como representantes votantes de ordens religiosas. Além delas, outras 35 mulheres ligadas à Igreja Católica também votarão. As representantes foram nomeadas pelo papa Francisco junto a outros 35 homens não bispos.
Além da representatividade feminina, o pontífice aumentou o número de leigos que participarão do encontro, considerado o maior colegiado de deliberação da igreja.
O tema do evento neste ano é focado em estímulo ao maior envolvimento dos fiéis nas questões católicas. A representatividade feminina e a maior participação de fiéis são causas defendidas por Francisco desde que ele assumiu o papado, em 2013.
Em julho do ano passado, o papa nomeou, pela primeira vez na história do Vaticano, mulheres para fazerem parte de seu conselho, que norteia decisões do pontífice, como a escolha de novos bispos pelo mundo.