Publicada em 08/04/2023 às 08h37
O prefeito de Porto Velho, HIldon Chaves, anunciou na quinta-feira (6), durante entrevistas para emissoras de rádio e televisão na capital, algumas ações visando aumentar a segurança nas escolas da rede municipal de ensino, para dar mais proteção aos alunos, professores, pessoal de apoio e também aos pais e familiares. A medida ocorre após o lamentável caso de invasão e morte de quatro crianças, além de outras feridas, em uma escola em Blumenau, no estado de Santa Catarina.
"Me reuni com a secretária municipal de Educação, Gláucia Negreiros, e determinei ações preventivas imediatas. A primeira delas é a requalificação dos vigilantes nas escolas. Antes, o foco era na proteção patrimonial, agora o foco é proteger vidas. Nesse aspecto, Porto Velho está à frente de muitas outras cidades, pois cerca de 80% dos nossos 44 mil alunos da rede municipal estudam em escolas que contam com vigilante armado. A maioria dos casos de violência nas escolas, ocorre durante o horário de aulas e é importante que haja esse profissional, treinado e orientado, para intervir caso seja necessário", disse o prefeito.
Hildon Chaves anunciou que a meta da prefeitura é contratar vigilante armado para 100% das escolas municipais. "Até o final do ano esperamos atingir esse objetivo. Hoje, as escolas maiores e em áreas mais delicadas contam com vigilância armada. Outra medida que iremos adotar é aumentar os muros das escolas, para dificultar a entrada de criminosos. A medida que determinei, mas que não será de aplicação imediata, em razão das questões burocráticas, é a compra de detectores portáteis de metal para serem utilizados pela vigilância das escolas", completou.
De acordo com o prefeito, deverá ser criado um grupo de estudo para buscar identificar as razões do aumento de casos de violência nas escolas. "Todos lamentamos e ficamos consternados com o ocorrido em Blumenau. Mas, precisamos entender as causas, as motivações para esse tipo de crime abominável. Nos últimos meses, tivemos quase uma dezena de casos de ataques em escolas no país afora, número igual ao que foi registrado ao longo dos últimos 20 anos. Alguma coisa está muito errada e é preciso diagnosticar isso, pois prevenir uma tragédia semelhante é muito difícil e enfrentar um inimigo que você não tem informações é muito complicado".
Hildon Chaves também avaliou que o bullying e as redes sociais podem ser apontados como causadores, ou gatilhos, dessas situações que envolvem violência nas escolas. "É preciso observar os casos de bullying e ter mecanismos para acompanhar as redes sociais e o que é discutido em grupos, que podem levar a ataques. Não é fácil de resolver, mas precisamos nos mobilizar, nos unir, tanto as prefeituras, os estados e a União, para buscarmos ferramentas de combate a essa ameaça, junto com toda a sociedade. Mais do que nunca, as famílias precisam estar integradas no cotidiano estudantil das crianças e criarmos uma rede de proteção e de acolhimento".