Publicada em 18/04/2023 às 12h38
A Prefeitura de Porto Velho e entidades humanitárias da capital buscam estratégias e apoio para acolher os estrangeiros que chegam à capital rondoniense solicitando ajuda, a maioria sendo venezuelanos. O motivo: as unidades de acolhimento estão lotadas.
“A Prefeitura trabalha com uma rede de apoio. Vamos discutir o que fazer. Talvez, elaboremos uma carta a ser enviada para o Ministério da Cidadania e dizer que aqui, de fato, não está sendo só uma passagem, mas uma cidade escolhida por eles para reconstruir a vida”, destacou Claudi Rocha, titular da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf).
Na tarde de segunda-feira (17), o secretário se reuniu com representantes da Cáritas e Scalabrinianas, além da Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), entre outras, para debater a situação. O encontro aconteceu na Casa dos Conselhos Municipais. Município e parceiros vão buscando ajuda e novas parcerias para continuar prestando o apoio necessário aos imigrantes.
ACOLHIMENTO
O secretário informou que atualmente são ofertadas 130 vagas nas unidades de acolhimentos para estrangeiros, sendo 50 diretamente pela Semasf, 40 pela Adra e outras 40 vagas pela Cáritas. Mesmo com essas entidades parceiras, ainda não é suficiente. Há poucos dias, as Irmãs Scalabrinianas acolheram outras 27 pessoas.
Em 2022, mais de 1.500 estrangeiros solicitaram ajuda em Porto Velho. Este ano, até o dia 30 de março, foram realizados 166 acolhimentos. Todos são cadastrados no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e depois encaminhados para serem acolhidos, mas como as vagas não são suficientes, muitos ficam na fila de espera.
A Prefeitura e os parceiros dão todo apoio possível, desde a parte de documentação, abrigo, inserção no mercado de trabalho e em programas sociais, se for o caso. Além disso, muitas vezes são disponibilizadas até passagens para que os imigrantes cheguem a outras regiões do Brasil.