Publicada em 11/04/2023 às 11h14
Porto Velho, RO – O ataque terrorista à creche de Blumenau, Santa Catarina, que ocasionou a morte de quatro crianças gerou preocupação no Brasil inteiro.
E o clima de tensão alcançou também o estado de Rondônia, onde, especialmente na Capital, casos de violência urbana sem paralelos, mas coincidentemente próximos a perímetros escolares, contribuíram sobremaneira para reforçar a angustia de pais, mães e demais familiares de estudantes.
Paralelamente a essas situações, rondam as redes sociais – especialmente o WhatsApp – inúmeras mensagens contendo notícias falsas visando exclusivamente o fomento de um pandemônio generalizado.
A situação forçou órgãos de Segurança Pública como as Polícias Civil (PC/RO) e Militar (MP/RO) a emitirem notas de esclarecimento. (às quais podem ser lidas ao fim desta opinião).
A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria de Estado da Educação (SEMED), também faz campanha digital a fim de evitar proliferação de mensagens falsas que estão gerando “medo e insegurança”.
A pasta municipal deixa claro que as aulas continuam normalmente.
O prefeito Hildon Chaves, do União Brasil, anunciou ações para aumentar a segurança nos educandários, incluindo vigilantes armados.
Já a gestão Marcos Rocha, também do União Brasil, tem agido através da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec/RO) para ampliar a atmosfera de paz e tranquilidade envolta às instituições de educação.
O titular da secretaria, o tenente-coronel bombeiro Felipe Bernardo Vital, desencadeou série de ordens após, por exemplo, mensagem de ameaça em escola de Ji-Paraná.
Outras ações também foram desencadeadas pela pasta estadual de Segurança Pública.
Esses trotes e notícias falsas lançadas deliberadamente por pessoas maldosas, criminosas e desocupadas precisam da mão contumaz dos órgãos de fiscalização e controle.
A lei tem de operar também na intenção de refreá-los. Nas basta a boa vontade de prefeitos, do governador e suas equipes.
É necessária uma força-tarefa para desestabilizar a pretensão de se gerar o caos a troco de absolutamente nada. Situações de ameaças reais são avaliadas rotineiramente pelos organismos de investigação. E o poder público, no quesito, tem aprimorado a batalha para responder à altura em prevenção e combate.
As famílias, sim, têm de ter em mente, que a modalidade de crime existe, e esses crimes estão ocorrendo com frequências cada vez maior em solo brasileiro, como em Rio de Janeiro, no Realengo (2011); Janaúba, Minas Gerais (2017); em Suzano, São Paulo (2019); Saudades, em Santa Catarina (2021); Aracruz, Espírito Santo (2022); e Blumenau, também em Santa Catarina (2023).
Há outros. O G1 fez um levantamento detalhado sobre ataques no Brasil desde 2011.
Lidar com essa realidade lamentável é de suma importância para que crianças e adolescentes não se privem de uma educação de qualidade promovida por redes públicas e privadas de ensino.
O terrorismo não pode vencer. O terrorismo não vai vencer.
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A NOTA DA POLÍCIA CIVIL
CONFIRA A NOTA DE ESCLARECIMENTO NA ÍNTEGRA
O governo de Rondônia por meio da Polícia Civil tem verificado que diversas postagens estão circulando nos últimos dias em diversos grupos de WhatsApp falando de supostos ataques que seriam realizados em escolas de diversos municípios rondonienses, sendo que alguns pontos valem ser observados:
– Tratam-se de mensagens vagas, incertas, sem qualquer indicativo claro de alvo específico;
– Percebe-se nas redes sociais que, aos poucos, a publicação inicial começou a tomar maior corpo com a inclusão de outros elementos, inclusive vídeos que originalmente começaram a circular de forma anônima em outros Estados;
– A mensagem original falava informalmente de que seria uma suspeita de ataque a escola da Capital, porém, com o passar das horas passou-se a apontar diversos possíveis ataques em cidades variadas, sem qualquer conexão entre si;
Sendo assim, ante todo o exposto, até o presente momento, a PCRO não encontrou elementos suficientes para gerar maiores preocupações, bem como tudo leva a crer que se trata de uma corrente de mensagens que foi sendo divulgada em massa sob o clima de pânico que tem sido gerado na sociedade rondoniense.
Entendemos a preocupação de todos, porém não há motivo para que os pais não enviem seus filhos para a escola. Todas as forças de Segurança Pública estão empenhadas em combater todo e qualquer tipo de ameaça.
Pedimos a todos que não transmitam mensagens dessa natureza em grupos e redes sociais, pois apenas geram medo e insegurança. Qualquer informação nesse sentido deve ser repassada ao disque denúncia 197.
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A NOTA DA POLÍCIA MILITAR
Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania - Sesdec, por meio da Polícia Militar de Rondônia esclarece que a ação policial que resultou na apreensão de uma arma de fogo, prisão de uma pessoa e apreensão de 2 menores de idades em frente a Escola Estadual Flora Calheiros na manhã desta segunda-feira, 10, não está relacionado a eventual ataque a Escola respectiva.
A abordagem policial é uma das ações rotineiras das equipes policiais militares, como as que atuam na modalidade de patrulha escolar. Os policiais militares estão nas ruas diuturnamente, realizando o policiamento ostensivo e ao perceberem fundadas suspeitas, realizam por iniciativa própria abordagens a veículos e pessoas, como na situação elencada.
A Polícia Militar de Rondônia tranquiliza a população e reforça o compromisso de manutenção da ordem pública com ações preventivas de abordagem policial.